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Policial

Polícia confirma prisão de casal suspeito de matar primo de Bruno

G1 -

05 de Setembro de 2012 - 10:00

O delegado Alexandre Campbel confirmou, durante entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (4), que um casal está preso em Belo Horizonte por suspeita de matar Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno Fernandes. Segundo o delegado, a mulher contou para o amante que Sales a teria 'cantado'.

Sérgio Sales era considerado testemunha-chave no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio. Ele era um dos oito réus na ação, e foi morto no dia 22 de agosto, no bairro Minaslândia, na Região Norte de Belo Horizonte. Eliza, ex-namorada do goleiro, foi morta, segundo a polícia, em junho de 2010. O corpo dela nunca foi encontrado.

Campbel contou que o casal se apresentou à Corregedoria de Polícia Civil nesta segunda-feira (3), após serem identificados pela polícia. De acordo com o delegado, a mulher, Denilza Cezário da Silva, de 30 anos, relatou que Sérgio "fez gracejos" para ela no dia 21 de agosto, próximo ao local onde o primo do goleiro Bruno morava. Ela contou o ocorrido para o amante, Alexandre Ângelo de Oliveira, de 28 anos. No dia seguinte, os dois foram, em uma moto, até as proximidades da casa da vítima. Denilza desceu do veículo e continuou o caminho sozinha.

O amante a acompanhou de longe. Segundo o delegado, Sales repetiu os “gracejos” e, a partir deste momento, Oliveira se aproximou. Logo em seguida, ele deu os primeiros disparos contra Sales, que tentou fugir. Alexandre Ângelo de Oliveira o perseguiu, até que o primo de Bruno tentasse pular um muro, momento em que o amante efetuou os outros disparos.

Segundo Campbel, o casal não conhecia o primo do goleiro Bruno e, tampouco, sabia do envolvimento dele com o caso Eliza Samudio.

Alexandre de Oliveira tem passagens pela polícia por tráfico de drogas. Denilza é casada, tem quatro filhos, é trabalhadora e não tinha passagem pela polícia. O caso entre eles teria começado há seis meses. Os dois vão responder por homicídio qualificado, segundo o delegado. A moto que foi usada no crime e os capacetes dos dois suspeitos foram apreendidos. A arma não foi encontrada pela polícia. Os dois cumprem prisão temporária. O delegado não informou para onde os detidos seriam encaminhados. Segundo ele, o local não poderia ser revelado para não prejudicar as investigações.

Nesta manhã, a assessoria da Polícia Civil havia descartado que o assassinato de Sérgio Rosa Sales esteja relacionado ao caso Eliza Samudio. O envolvimento de policiais na execução também está descartado, de acordo com a corporação. O assassinato passou a ser investigado pela Corregedoria da Polícia Civil, por causa de denúncias de que ele teria recebido ameaças de policiais. Segundo o corregedor-geral da corporação, Renato Patrício, não há dúvidas sobre a morte de Sales. “Mecânica, motivação e autoria estão comprovadas”, disse. Entretanto, o inquérito ainda não foi finalizado, pois ainda há diligências a serem feitas.