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Policial

Polícia prende suspeito de agredir e trancar mulher por 3 dias em MS

Ainda segundo as informações da delegada, a vítima tentou telefonar para a mãe, mas o suspeito viu, quebrou o aparelho de celular dela e colocou fogo.

G1 MS

14 de Setembro de 2013 - 09:00

A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) prendeu no fim da tarde dessa sexta-feira (13) um suspeito de agredir a mulher e deixá-la trancada por três dias dentro de casa, no bairro Nova Campo Grande, na capital sul-mato-grossense. De acordo com a Polícia Civil, ele foi preso enquanto prestava depoimento em inquérito sobre outro caso de violência doméstica com a mesma vítima.

Segundo informações da Polícia Civil, o homem de 37 anos recebeu nesta semana intimação para depor na Deam em um dos seis procedimentos que há contra ele, e após assinar o documento, passou a espancar a mulher de 48 anos.

Conforme a delegada Marília de Brito Martins, o suspeito enforcou a vítima, depois tentou esganá-la com toalha molhada e por fim, tentou asfixiá-la com edredom. A autoridade policial contou ainda que o homem quebrou vários objetos da casa, jogou alguns sobre a vítima, entre eles um ferro de passar roupa que acertou o rosto da mulher.

Ainda segundo as informações da delegada, a vítima tentou telefonar para a mãe, mas o suspeito viu, quebrou o aparelho de celular dela e colocou fogo. Depois disso, o homem trancou a casa, manteve as chaves com ele e proibiu a mulher de sair do local.

Na tarde dessa sexta-feira, o suspeito foi para a delegacia prestar depoimento e deixou a mulher trancada em casa. Enquanto ele fazia declarações, os policiais receberam denúncia anônima sobre o cárcere privado, foram ao local, arrombaram a casa e libertaram a vítima.

De acordo com a Polícia Civil, o homem foi autuado em flagrante por lesão corporal (violência doméstica), ameaça, desobediência e sequestro e cárcere privado, sendo levado em seguida para o Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande.

A Deam informou que a mulher já havia denunciado o marido seis vezes por violência doméstica desde 2009 e já tinha medidas protetivas, as quais não foram respeitadas pelo suspeito.

À polícia, a vítima relatou que por conta das agressões vomitou sangue e não recebeu nenhum socorro do marido.  Ela foi encaminhada pela Polícia Civil ao posto de saúde, onde foi medicada e passou por exames de lesão corporal. Em seguida ela foi levada para o Centro de Atendimento à Mulher, onde recebeu atenção especial.