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Policial

Policial foi quem abriu cela e acabou rendido por detentos que fugiram, diz delegado

Segundo o titular da Delegacia de Polícia local, a conclusão correu após análise de imagens de circuitos internos e, posteriormente, a confirmação por parte dos funcionários.

Correio do Estado

05 de Agosto de 2013 - 14:20

A fuga de cinco detentos da cadeia pública de Eldorado (MS) ocorreu devido a negligência do policial civil que estava de plantão na manhã de domingo (04), e não por um resgate de comparsas. A informação é do delegado responsável pelo caso, Claudineis Galinaris, em entrevista ao A Gazeta News.

Segundo o titular da Delegacia de Polícia local, a conclusão correu após análise de imagens de circuitos internos e, posteriormente, a confirmação por parte dos funcionários.

Claudineis Galinaris disse que o policial civil que deixava o plantão na delegacia, na manhã de domingo, teria aberto a cela onde se encontrava o detento Wesley Magno de Oliveira. Ele tomou a atitude sem autorização para tal ato e sem o conhecimento do policial que assumiria o plantão,

O policial foi rendido e desarmado pelo criminoso, que segundo a polícia, pertence a uma facção criminosa. Em seguida, Wesley Magno também rendeu e desarmou o outro policial que ora assumia o plantão.

Com os policiais rendidos e de posse das chaves das celas, Wesley, que tem passagens por trafico de drogas e tráfico de armas e munição, foi até a galeria e abriu todas as celas da cadeia, onde estavam recolhidos 36 detentos, segundo o delegado, mas somente outros quatro se propuseram a fugir.

Os marginais se apoderaram de quatro pistolas, dois revólveres e pelo menos 80 munições, tudo do material carga da Polícia Civil que estavam na delegacia local e fugiram.

Inquérito

Segundo o delegado Claudineis Galinari, por ter agido de forma negligente e sem o conhecimento da direção da cadeia, o policial, que não teve o nome divulgado, vai responder, além de sindicância administrativa interna, a um inquérito policial por facilitação de fuga.

Os cinco detentos, que inclusive roubaram carros e fizeram pessoas reféns durante a fuga, continuam foragidos. São eles; Wesley Magno de Oliveira, Cairo Roberto Torquato Bento, de 21 anos, o “Jaú” preso por furto e roubo, Wesley Ferreira dos Santos, acusado de tráfico de drogas e roubo de veículos, Roberto dos Santos da Silva, o “Robertinho”, de 29 anos, preso por tráfico de drogas e José Vieira dos Santos, o “Magrão”, de 34 anos.

Magrão é acusado de ser o mentor intelectual do assassinato do policial civil, Miguel Honorato Abreu Holsbach, de 43 anos, crime ocorrido no dia 1 de setembro do ano passado (2012) em Tacuru.