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Policial

Produtores cortam 7 mil lascas de aroeira e são multados em R$ 85 mil

Na fazenda dele foram apreendidas duas motosserras que eram utilizadas na construção das cercas. A multa foi de R$ 2 mil pelo equipamento.

Campo Grande News

06 de Fevereiro de 2013 - 13:42

Dois produtores rurais foram multados por crime ambiental por terem cortado aroeira, na fazenda deles, em Porto Murtinho, a 431 quilômetros de Campo Grande.

A PMA (Polícia Militar Ambiental) fazia fiscalização nas propriedades do município e em uma delas – que foi desmembrada recentemente -, foram encontradas 7.781 lascas de aroeira, que é imune a corte, e 130 esteios – formato para cercas – das espécies aroeira e coronilha. Tudo sem autorização ambiental.

O esteio estava distribuído em 29 quilômetros de cerca que era construída por um empreiteiro.

O dono de uma das fazendas, morador em Presidente Prudente, São Paulo, foi multado em R$ 19.904,40 por construir nove quilômetros de cerca e mais R$ 5 mil pela extração da madeira da área de reserva legal da propriedade.

O outro fazendeiro, que mora em Porto Murtinho, foi multado administrativamente em R$ 56.925,66, pela construção de 20 quilômetros

de cerca.

Na fazenda dele foram apreendidas duas motosserras que eram utilizadas na construção das cercas. A multa foi de R$ 2 mil pelo equipamento.

No local os policiais apreenderam duas motosserras que eram utilizadas pelo empreiteiro responsável pela construção das cercas. Ele, que reside em Porto Murtinho, foi multado administrativamente em R$ 2.000,00.

As multas totalizaram R$ 85.830,06. Toda a madeira foi apreendida e, como não houve como os policiais fazerem a retirada, por estar na cerca, os proprietários ficaram como fiéis depositários. Todos os autuados responderão por crime ambiental. Se condenados poderão receber pena de um a dois anos de reclusão.

Portaria do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis) proíbe o corte da aroeira e algumas outras espécies de madeiras nobres, sem plano de manejo, que precisa ser aprovado pelos órgãos ambientais. Em desmatamentos autorizados, essas espécies não podem ser cortadas.