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Policial

Rapaz é condenado a 13 anos por matar garota de programa, mas continua solto

Hugo conquistou a liberdade 54 dias após o julgamento e, Fernando e Leonardo oito meses depois.

Midiamax

02 de Abril de 2011 - 08:30

Durou ao menos dez horas o julgamento dos dois rapazes acusados de matar a pedrada uma garota de programa em maio de 2009, em Campo Grande. Fernando Pereira Verone, 27, acadêmico de Direito, foi condenado a 13 anos e seis meses de prisão por envolvimento no crime. Já o colega Hugo Pereira da Silva, 21, que cursa Ciências Contábeis, saiu do fórum absolvido. Leonardo Leite Cardoso, 27, o terceiro envolvido no caso, será julgado no dia 27 deste mês.

Embora condenado a 12 anos pela morte de Claudinéia Mendes, de 25 anos de idade, e mais um ano e meio por ocultar o corpo da vítima, Fernando vai permanecer em liberdade porque a Justiça havia concedido liberdade provisória a ele. O condenado fica solto até que se esgotem os recursos judiciais.

Hugo conquistou a liberdade 54 dias após o julgamento e, Fernando e Leonardo oito meses depois.

Cláudia e uma amiga foram pegas pelos três rapazes na avenida Calógeras, região central de Campo Grande. O trio, de carro, combinou levar as duas até um motel na saída de São Paulo. Os rapazes mudaram o trajeto e isso fez com que a colega de Claudinéia saltasse do veículo em movimento.

A vítima disse hoje em depoimento que Leonardo o atacou com uma das mãos dentro do carro, ferindo uma parte íntima de seu corpo, daí ele pulou do veículo. A mulher foi socorrida, levada para o hospital e noutro dia denunciou o caso à polícia.

Hugo, o absolvido, motorista do carro, disse que levou Claudinéia num lugar escuro, perto do aeroporto internacional. Lá, ele atendeu um telefonema, enquanto Leonardo e Fernando surravam a vítima.

Leonardo teria dado uma rasteira em Claudinéia, que caiu no chão e foi chutada e apedrejada até a morte. Hugo nada fez para socorrer a vítima. A dupla queria dinheiro, segundo a colega da vítima que saltou do carro.

O trio saiu do local deixando a vítima desacordada. Mais tarde, segundo Hugo, Leonardo e Fernando teriam retornado ao local e matado a vítima. Ele presume isso porque no dia da reconstituição do crime notou que o corpo de Claudinéia havia sido arrastado a 20 metros de distância de havia caído.

Durante o processo Leonardo e Fernando tentaram convencer a Justiça que sofriam de alguma perturbação mental, mas a alegação foi negada.

O julgamento foi presidido pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos e a acusação comandada pelo promotor de Justiça Oldergado. Já Hugo contou com a defesa dos advogados Abdala Maksoud Neto e Benedicto Arthur de Figueiredo Neto. Leonardo foi defendido pelo advogado Afrânio Alves Corrêa.