Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Quarta, 24 de Abril de 2024

Policial

Revoltados, policiais civis decidem não colocar mais a mão em presos

Policiais civis se reúnem em assembleia às 11h30min desta sexta-feira (27), na sede do Sinpol, em Campo Grande.

Correio do Estado

26 de Novembro de 2015 - 14:31

Policiais civis de Mato Grosso do Sul estão decididos a não “colocar mais a mão” em presos custodiados em celas de delegacias. Em Chapadão do Sul, por exemplo, os agentes indignados com os casos de agressões a policiais entregaram nesta quinta-feira (26) as chaves das celas para o delegado da cidade, Danilo Mansur.

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol), Giancarlo Corrêa Miranda, disse que a insatisfação e revolta dos policiais já foram levadas ao conhecimento tanto do delegado-geral da Polícia Civil, Roberval Maurício Cardoso Rodrigues, quanto do secretário de Justiça e Segurança Pública, Silvio Maluf.

Sindicalista tenta agendar reunião para a tarde desta quinta-feira com o governador Reinaldo Azambuja e representante da Coordenadoria da Vara de Execuções Penais para debater a situação dos policias.

ASSEMBLEIA

Policiais civis se reúnem em assembleia às 11h30min desta sexta-feira (27), na sede do Sinpol, em Campo Grande. O objetivo é deliberar sobre qual atitude será tomada pela categoria diante do cenário de risco a vida e a integridade física dos agentes que lidam com presos em delegacias.

“De antemão, diante da comoção que houve com a morte do investigador Anderson Garcia Costa, em Pedro Gomes, muitas delegacias já aderiram ao movimento, não querem mais custodiar presos e estamos levando essa situação para o Governo do Estado”, disse Giancarlo.

Conforme o presidente do Sinpol há um movimento crescente dos policiais do Estado para a entrega das chaves das celas. “Policial não pode continuar morrendo, exercendo uma função que não é dele. São investigadores que não investigam porque estão cuidando de presos, mas não fizeram concurso para agente carcerário. Há uma inversão de valores, é chegada a hora de valorizar os nossos policiais. Temos que tentar ressocializar o preso, mas em primeiro lugar garantir a segurança do policial. Até quando vamos tolerar essa violência? É hora do basta”, desabafou.