Policial
Se você me ama, larga essa arma e me ajuda, pediu irmão antes de morrer
Em conversa informal com a delegada, adolescente conta como matou os dois irmãos no último sábado e não demonstra arrependimento
Campo Grande News
10 de Abril de 2012 - 14:01
A delegada da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), Maria de Lourdes Souza Cano, conversou na manhã de hoje (10), com o adolescente que matou os irmãos no último sábado (7), no bairro Moreninha II.
A delegada disse que o garoto contou a ela que, antes de morrer, Rodrigo pediu a ajuda dele. Se você me ama, larga essa arma e me ajuda, disse a delegada, usando as palavras do adolescente. Ela esclareceu que foi uma conversa informal, que não vale como depoimento no inquérito.
No dia do crime, segundo a delegada contou, Rodrigo disse que pegou a arma do pai, foi até o quarto do irmão, mirou no coração dele e atirou. Rodrigo não morreu na hora. Ao ouvir o barulho do disparo, a irmã Walquíria foi até o quarto e perguntou o que estava acontecendo.
Neste momento, o adolescente atirou nela também. A jovem saiu correndo para o quarto dos pais para pedir socorro, mas eles não estavam. No outro cômodo, o garoto disse atirou de novo na irmã, atingindo-a na nuca.
Em seguida, o adolescente voltou ao quarto de Rodrigo, momento no qual ele pediu a ajuda. Segundo a delegada relatou, o adolescente nada fez e assistiu a morte do irmão.
"Matava qualquer um Ao ouvir o barulho dos tiros, a vizinha da família bateu na casa para saber o que estava acontecendo. De acordo com a delegada, o garoto disse que também teria atirado nela caso entrasse na casa e visse tudo.
Questionado sobre a chegada de outras pessoas, como os próprios pais, o garoto concluiu: Mataria qualquer que chagasse naquele momento, conforme as palavras da delegada.
Frieza - Maria de Lourdes ainda conta que o adolescente diz detalhes da ação sem demonstrar algum tipo de preocupação ou arrependimento.
Ele disse que sabe o que fez, mas que faz as coisas e depois não sabe explicar o porquê. Ele é diferente, não chora, parece não estar arrependido, diz.
O adolescente afirmou que não teve motivos para matar os irmãos e que os dois eram carinhosos.
Durante o depoimento do adolescente, os pais estavam na delegacia, mas sem saber da presença do garoto. A mãe disse à delegada que, por enquanto, não quer ver o filho. Os pais estão muito abalados.




