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Policial

‘Sempre sorridentes’, falam amigos de mãe e filha mortas esfaqueadas e carbonizadas

Midiamax

11 de Novembro de 2025 - 09:05

‘Sempre sorridentes’, falam amigos de mãe e filha mortas esfaqueadas e carbonizadas
Rosimeire e o filho, Bruno de Oliveira Gonçalves, foram esfaqueados e tiveram os corpos carbonizados. (Fotos: Reprodução)

‘Sempre sorridentes’: é assim que os amigos de Rosimeire Vieira de Oliveira, de 37 anos, e da mãe dela, Irailde Vieira Flores de Oliveira, de 83, recordam-se da família. Rosimeire, Irailde e o filho dela, Bruno de Oliveira Gonçalves, de 14 anos, foram esfaqueados e morreram carbonizados após um incêndio criminoso na casa em que moravam em Rochedo, a 81 quilômetros de Campo Grande.

O suspeito pelo duplo feminicídio e homicídio é Higor Thiago Santana de Almeida, vulgo ‘Pezão‘, ex-namorado de Rosimeire, que está preso desde segunda-feira (10) na Delegacia de Polícia Civil de Rochedo.

Nas redes sociais, uma familiar desejou o descanso aos parentes. “Descansa em paz Tia e Prima que Deus receba vcs de braços abertos”, comentou.

Uma amiga da família também lamentou a partida de Rosimeire, Irailde e Bruno. Ela recorda que mãe e filha estavam sempre felizes. “Muito triste. Eles sempre sorridente sempre feliz nunca vi com semblante triste”, escreveu.

Ao Jornal Midiamax, outra amiga da família comentou que Irailde gostava de ficar sentada na calçada de casa no fim da tarde. “[…] Pessoas boas. Dona Irailde gostava de sentar na calçada final de tarde”, recordou.

Segundo apurado pela reportagem, os corpos de mãe, filha e neto estão no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), em Campo Grande. Após a liberação, Rosimeire e o filho, Bruno, serão velados e sepultados em Jaraguari a pedido de familiares. Já Irailde será sepultada na Capital, onde tem familiares.

Família foi esfaqueada ao menos seis vezes antes de incêndio

Conforme o boletim de ocorrência, a PM (Polícia Militar) foi acionada e, chegando ao endereço, encontrou vários moradores com mangueiras tentando conter o fogo. No local, havia um brigadista de um frigorífico, que relatou ter entrado na casa e visto um corpo, aparentemente de uma criança, carbonizado.

Uma testemunha disse à polícia que o suspeito não aceitava o fim do relacionamento. Ainda segundo ela, a vítima teria enviado uma mensagem dizendo que alguém havia invadido a casa. Ele foi preso pouco após o incêndio.

Durante o depoimento, na manhã de segunda-feira (10), Higor negou a autoria do crime. Ele afirmou que passou o domingo (9) em um churrasco com amigos e, em seguida, foi para Corguinho, cidade vizinha. Segundo ele, retornou de lá com uma amiga e foi dormir por volta das 23 horas. Os policiais encontraram no celular de Higor uma ligação de Rosimeire, mas ele disse que não atendeu. Também havia mensagens trocadas entre os dois.

Ao Jornal Midiamax, o delegado Jarley Inácio de Souza informou que a dinâmica do crime continua sendo investigada. Entretanto, exames preliminares indicaram que as vítimas foram esfaqueadas na região do pescoço e tórax ao menos seis vezes.

“Não saiu o resultado definitivo da perícia; em conversa com o médico-legista, preliminarmente ele adiantou que as vítimas teriam sido feridas com faca”, explicou.

Imagens registradas no local do crime revelam que a residência onde mãe, filho e neto morreram foi destruída pelas chamas. Parte do telhado desabou. O fogo atingiu toda a casa.

‘Sempre sorridentes’, falam amigos de mãe e filha mortas esfaqueadas e carbonizadas
Casa onde vítimas moravam. Foto: Divulgação