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Política

"A democracia, mesmo no Brasil, não merece esse fim", afirma Renan Calheiros

Senador criticou decisão liminar (provisória) do ministro Marco Aurélio Mello, do STF, que o afastou da presidência do Senado; caso deve ser julgado nesta quarta pelo plenário do Supremo.

G1

06 de Dezembro de 2016 - 15:16

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), criticou, em rápida entrevista nesta terça-feira (6), a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o afastou da presidência do Senado.

Ao responder a uma pergunta sobre a decisão da Mesa Diretora do Senado de não cumprir a decisão liminar (provisória) de Marco Aurélio Mello e aguardar a deliberação do caso pelo plenário do STF – provavelmente nesta quarta-feira (7) –, Renan Calheiros afirmou:

"Ao tomar a decisão a nove dias do fim do mandato de um presidente de poder, em decisão monocrática, a democracia, mesmo no Brasil, não merece esse fim.

Nesta terça, o ministro Marco Aurélio Mello decidiu submeter ao plenário do STF a liminar que afastou Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado. A ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, afirmou que pautaria com urgência assim que o caso chegasse ao plenário.

Durante a entrevista, Renan Calheiros fez uma provocação a Marco Aurélio Mello. Ele afirmou que já “foi obrigado” a acatar liminares “piores” do ministro. Ele citou uma ocasião em que Marco Aurélio, segundo disse, teria impedido o fim dos supersalários no Legislativo.

“Eu, como presidente, já me obriguei a cumprir liminares piores do ministro Marco Aurélio. Uma delas, eu fiz questão de cumprir, foi uma decisão do ministro que impedia que acabássemos com os supersalários no Legislativo", disse.

Em novembro, Renan Calheiros instalou uma comissão para investigar o pagamento de supersalários a servidores públicos. "Ele ouve falar em acabar com supersalários, ele parece tremer na alma", declarou.