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Política

A três meses da eleição, sucessão na Câmara expõe racha nas bancadas do PT e SDD

Numa outra vertente, parece claro que o Governo deve interferir (no momento oportuno), na disputa pela presidência da Câmara.

Flávio Paes/Região News

29 de Setembro de 2014 - 07:40

A eleição do futuro novo presidente da Câmara Municipal, prevista para daqui a três meses, já expõe o racha em duas bancadas e dividiu o bloco de sete vereadores, com representantes do Solidariedade, PT, PR e PMDB, que tinha dentre outros objetivos, a formação de uma chapa para controlar a mesa diretora no biênio 2015/2016. 

A unidade do Solidariedade, com bancada de quatro vereadores, ficou abalada desde que dois dos seus integrantes, Marcos Roberto e Jurandir Cândido, migraram da oposição para a base da administração municipal, embora o rótulo de ‘governista’ não seja assumida pelos solidários dissidentes. 

“Nosso compromisso com o Marcão se desfez quando ele, sem nenhuma comunicação prévia ao  grupo passou a votar  junto com o Governo,” admite o vereador Mauricio Anache. Marcão já foi pelo menos duas vezes a tribuna da Câmara para criticar “os colegas doutores”, como se refere à Anache e David Olindo, que o teriam induzido a apoiar a formação de comissões especiais e CPIs,  para  apurar supostas irregularidades no Executivo, que “acabaram não dando em nada”.

http://i.imgur.com/IQQhpn0.jpgMesmo com o enfraquecimento do bloco, Marcos Roberto ainda se declara candidato a presidente contando   que além do seu próprio voto, teria o apoio do dr. Jurandir (que segundo ele, se mantém fiel ao projeto) e o  do petista Edivaldo dos Santos. Marcos Roberto garante que em troca do seu apoio na disputa para Assembleia Legislativa, Vadinho teria se comprometido a apoiá-lo para presidir a Câmara a partir do ano que vem. 

O petista nega que tenha firmado tal compromisso e deixa claro que ainda não definiu em que vai votar para presidente da Mesa Diretora. “Se o Marcão acredita que entrando na minha campanha de deputado tem garantido meu voto para presidente, ele fica a vontade para deixar a campanha a qualquer momento. Não abro mão de votar conforme minha consciência e o momento político na hora da eleição”.

Se não assegura apoio a Marcão, mesmo ele estando na sua campanha para deputado estadual, Vadinho parece não perdoar o colega de bancada, Sérgio Bolzan, que preferiu pedir voto para o ex-deputado João Grandão, seu concorrente na disputa por vaga na Assembleia.

http://i.imgur.com/a5UUhHA.jpg“Defendo um nome para presidente que não seja tão vinculado ao Executivo. Hoje o Sérgio está muito mais próximo do PSDB e não tem compromisso com as políticas públicas defendidas pelo PT, especialmente, para a agricultura familiar e as comunidades indígenas”, justifica Vadinho a reportagem do RN por telefone.

Pelas mesmas razões, ele descarta apoiar a reeleição do presidente Ilson Peres e eventualmente, apoiar qualquer projeto presidencial do 1º secretário Cledinaldo. Este racha na bancada petista contrasta com a unidade demonstrada na eleição de 2013, quando os dois vereadores não aceitaram compor com a oposição que chegou garantir ao petista Sérgio Bolzan a presidência. Os dois preferiram honrar o compromisso com os tucanos para eleger Ilson Peres presidente.

Governo

Numa outra vertente, parece claro que o Governo deve interferir (no momento oportuno), na disputa pela presidência da Câmara. Nos bastidores, a vereadora Vilma (PSDB), esposa do ex-prefeito Enelvo Felini deve ser a candidata de consenso do grupo do grupo tucano, compromisso que foi assumido na eleição de Peres quando teria ficado acertada sua preferencia pelo cargo, no 2º biênio da legislatura.