Política
Abandonado por aliados do 1º turno, Delcidio ataca Reinaldo no horário eleitoral e troca o azul pelo vermelho na TV
Delcidio usou os seus primeiros programas e inserções do horário eleitoral para atacar Reinaldo Azambuja.
12 de Outubro de 2014 - 22:42
Com pesquisas de consumo interno mostrando seu adversário na frente e alguns aliados em debandada para o palanque rival, o candidato do PT ao Governo do Estado, Delcídio do Amaral, trocou o estilo light propositivo do 1º turno, por artilharia pesada contra o candidato do PSDB, Reinaldo Azambuja. Ele também tenta estabelecer um confronto entre pobres (de quem ele se apresenta como representante) e os ricos, personificados por Reinaldo, embora o senador tenha declarado à Justiça Eleitoral patrimônio superior a R$ 3,3 milhões e na prestação de contas parcial, informou ter gasto R$ 6,7 milhões na campanha, enquanto seu adversário, declarou despesas no valor de R$ 6 milhões.
Delcidio que substituiu as camisas azuis nos tons das cores do azul da bandeira de Mato Grosso do Sul pelo vermelho do PT, usou os seus primeiros programas e inserções do horário eleitoral para atacar Reinaldo Azambuja (PSDB), dizendo que "é hora de comparar o passado de cada um e as propostas". Nos dez minutos seguintes, o candidato tucano falou sobre sua família, sua vida e sua trajetória na vida pública, destacando que "mudança verdadeira é decência na política".
Delcídio começou o programa agradecendo o voto dos eleitores. Segundo turno é a chance que você está me dando para conversar mais sobre minhas propostas. É hora de comparar o passado de cada um, as propostas e quem tem mais experiência. É hora de analisar se aquilo que está sendo prometido vai ser cumprido. Se existem recursos e condições técnicas. É fundamental que a gente ofereça à população aquilo que a gente possa cumprir, afirmou.
Na sequência, o programa comparou o petista com Reinaldo Azambuja. De um lado temos um dos políticos mais ricos do Brasil, filho de fazendeiros. Um candidato que nunca passou necessidade, que não conhece a realidade daqueles que mais precisam. Do outro, Delcídio, pantaneiro, também de família de agropecuaristas, mas que desde cedo seguiu os passos do pai na engenharia. E como bom engenheiro, vem construindo sua maior obra: sua vida.
No fim, o petista atacou o PSDB e o candidato adversário, afirmando que eles estão armando às escondidas para tirar todo dinheiro arrecadado com o gasoduto de Mato Grosso do Sul e levar para São Paulo. Essa manobra, que conta com apoio do próprio candidato, acaba com economia. Tirar dinheiro de Mato Grosso do Sul e entregar para São Paulo é caso típico de roubo, é tirar dos mais pobres. Vou trabalhar para que o PSDB e Reinaldo não levem Mato Grosso do Sul à falência, declarou Delcídio que assumiu a paternidade da construção do gasoduto, que foi implantado quando o PSDB ocupava a presidência da República, com Fernando Henrique Cardoso.
PSDB
Reinaldo usou boa parte do tempo para falar sobre sua família, sua vida e sua
trajetória na vida pública. Ele destacou que o primeiro desafio de sua vida foi
administrar os negócios da família por conta da doença do pai. Foi quando ele
perguntou para mim se eu toparia vir para fazenda para ajudar nesse desafio do
trabalho. Esse momento foi, talvez, o momento mais difícil da minha vida.
Assumir uma atividade empresarial que eu não tinha grande conhecimento,
realmente foi uma coragem que eu não sei de onde saiu.
O tucano chorou ao lembrar do pai e do legado que ele deixou. Em seguida, frisou que seguiu com apoio da família quando teve chamado para a política. Foi aí que elencou seu segundo desafio: administrar Maracaju (MS). A cidade estava cheia de problemas. Aí fomos conversar com moradores para identificar problemas, disse, ressaltando as melhorias do município após sua gestão e a eleição para deputado estadual e federal.
Por fim, Reinaldo declarou que seu terceiro desafio será governar Mato Grosso do Sul, caso seja eleito, e resolver os mínimos problemas, como oferecer saúde regionalizada que funcione em todos os municípios, mais segurança pública e desenvolvimento para regiões mais empobrecidas. Mudança verdadeira é decência na política, que se perdeu nos últimos anos, dinheiro público bem aplicado, traz população para dentro do governo, finalizou.




