Cacique da Aldeia Córrego do Meio deve assumir comando do PPS em Sidrolândia

Um grupo da comunidade indígena terena da Aldeia Córrego do Meio, liderado pelo cacique Antônio Baiano, deve assumir o comando da Comissão Municipal Provisória do Partido Popular Socialista – PPS em Sidrolândia. Na manhã de hoje, lideranças estiveram na redação do jornal eletrônico regiaonews para detalhar as pretensões políticas.

O contabilista Cledson Joanes Brandão, atual presidente da legenda na cidade, diz que foi surpreendido na última segunda-feira (25) pelo grupo que o procurou para informar os novos rumos do partido. “Não tenho conhecimento, até o momento, de que há em andamento algum tipo de discussão para dar posse às lideranças indígenas”, revela.

“Brandão” (como é conhecido) é militante há 15 anos e há mais de uma década, esta a frente da sigla. “Ano passado houve a dissolvição do Diretório Municipal, transformado numa Provisória porque se estudava a fusão com o PSB e PMN”, conta o dirigente que deve pedir desfiliação, caso se confirme as mudanças no comando municipal.

Segundo “Brandão”, o PPS conta hoje com aproximadamente 90 filiados, todos ligados ao sua base política. “Não tenho duvida de que vai haver uma debandada, se houver de fato essas mudanças”, enfatiza. Cacique Baiano, diz que procurou “Brandão” com intuito de explicar o alinhamento político, além de informa-lo que reserva duas vagas na Executiva do partido para seu grupo.

O líder indígena revelou a reportagem do RN, ter o aval do presidente estadual, o ex-vereador Athayde Nery, atualmente secretário de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação, para assumir o comando da legenda em ato já agendado para o próximo dia 8 de agosto na Aldeia Córrego do Meio.

“A direção estadual fará ato de filiação e dará posse a nova Comissão Provisória, formada basicamente por lideranças de nossas comunidades”, explica Baiano que cita como exemplo, Marcelo Gabriel Manoel, cacique da Aldeia Lagoinha, indicado para ocupar a vice-presidência.

Para Genivaldo Antônio Campos, assumir o controle do partido vai possibilitar que as comunidades avancem nas discussões de interesse comum. “Em ano eleitoral somos usados pelos agentes políticos apenas como massa de manobra. Passada a eleição, nada acontece”, dispara.

O professor enfatiza que há hoje em Sidrolândia cinco aldeias, colégio eleitoral com mais de 600 votos. O grupo pretende estender as ações do partido para o distrito do Quebra Coco, além da própria sede do município com intuito de atrair o maior número de simpatizantes com vistas para as eleições de 2016, quando o grupo pretende lançar uma chapa competitiva de vereador.