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Política

Candidatos a deputado, com base em Sidrolândia, gastaram R$ 153 mil e arrecadaram R$ 209 mil

Enquanto isto os candidatos ao Governo de Mato Grosso do Sul arrecadaram R$ 18,5 milhões e gastaram R$ 31 milhões.

Flávio Paes/Região News

08 de Setembro de 2014 - 07:41

Os três candidatos a deputado estadual, com base eleitoral em Sidrolândia, acumularam até o início de agosto, despesas no montante de R$ 153 mil, o que corresponde a 2,62% do orçamento que Edivaldo dos Santos, Daltro Fiúza e Enelvo Felini apresentaram à Justiça Eleitoral.

Juntos, eles estimaram em R$ 8 milhões o custo das suas campanhas, uma projeção exageradamente alta levando em conta que a menos de um mês da eleição só conseguiram contabilizar o recebimento de R$ 209, 7 mil em doações. Vadinho declarou gastos no valor de R$ 39.864,90 (ante R$ 40.750,00 de arrecadação); Enelvo gastou R$ 44.088,23 ante uma captação  de R$ 86.706,00 e Daltro, atingiu despesas no valor de R$ 69.447.94 e obteve R$ 82.300,00 de doações.

Levando em conta esta primeira parcial da prestação de contas, se algum deles conseguir se eleger deputado, certamente estarão entre os parlamentares com as campanhas mais baratas da Assembleia. Os três apresentam uma estrutura de campanha bem modestas em relação a adversários com base eleitoral em cidades com o mesmo porte populacional ou até com eleitorado menor que Sidrolândia, com 28.268 eleitores.

Um exemplo gritante desta discrepância é o do ex-prefeito de Terenos Humberto Pereira, município com 12.327 eleitores. Beto declarou à Justiça Eleitoral gastos no montante de R$ 1,1 milhão, bem mais que os R$ 640,5 mil de doações assegurados até aqui. Estes gastos superam, por exemplo, as despesas declaradas de deputados experientes como Zé Teixeira (em busca de sua quinta reeleição), que gastou até aqui R$ 437.337,03, menos que os R$ 307.770,45 arrecadados até aqui. Estes custos também ultrapassaram os R$ 977 mil de despesas contabilizados pelo deputado Marcos Trad (PMDB).

Outro candidato oriundo de cidade pequena que está gastando bem mais que os postulantes sidrolandenses é Renato Câmara, ex-prefeito de Ivinhema  (com 17.750 eleitores), que contabilizou despesas  no valor de R$ 418.932,50 (arrecadou R$ 429.090,00). Osvane Ramos (candidato a reeleição) foi prefeito de Dois Irmãos do Buriti (7.898 eleitores). Já gastou R$ 351 mil e arrecadou o mesmo valor.

Governo estadual

Enquanto  isto os candidatos ao Governo de Mato Grosso do Sul arrecadaram R$ 18,5 milhões e gastaram R$ 31 milhões, ou seja 71% a mais do que a arrecadação. O cenário de déficit de R$ 12,5 milhões aparece na prestação de contas, cuja segunda parcial foi divulgada neste sábado pela Justiça Eleitoral.

Delcídio Amaral (PT) lidera o ranking das doações. Ele arrecadou R$ 10.506.556,60. No entanto, os gastos foram de R$ 13.074.988,80. Na primeira parcial, divulgada em 6 de agosto, o candidato petista havia registrado receita de R$ 8,6 milhões e despesas de R$ 6,9 milhões. A campanha de Nelsinho Trad (PMDB) obteve doações de R$ 4.898.998,00. Já as despesas totalizaram R$ 6.785.681,70. Em agosto, o peemedebista declarou à Justiça Eleitoral arrecadação de R$ 3,2 milhões e gastos de R$ 4,8 milhões.

Reinaldo Azambuja (PSDB) arrecadou R$ 3.096.219,00, mas as despesas chegaram a R$ 11.146.116,84. Na primeira parcial, o candidato tucano havia registrado receita de R$ 1,1 milhão e despesa de R$ 4,5 milhões. Com os dados divulgados pela primeira vez no sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o candidato Evander Vendramini (PP) declarou arrecadação de R$ 59.720 e gastos de R$ 25.934,50. Marco Monje informou arrecadação e gasto no mesmo valor: R$ 1.007.

O candidato do Psol, Sidney Mello não fez lançamento de receita ou despesa. A prestação de contas final deve ser entregue até o dia 4 de novembro, 30 dias após a eleição. Caso haja um segundo turno, a prestação de contas referente aos dois turnos deverá ser entregue até o dia 25 de novembro.