Política
Candidatos à presidência começam a formatar as promessas para as campanhas
A presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, e o senador mineiro Aécio Neves (PSDB) vão protocolar os respectivos programas neste sábado (5).
Correio Braziliense
05 de Julho de 2014 - 08:10
Os candidatos à Presidência da República começam, pelo menos no papel, a mostrar as principais bandeiras programáticas que vão empunhar durante a campanha eleitoral.
O prazo para registro de candidaturas e entrega dos programas de governo no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) vai até amanhã. Os documentos que devem nortear a gestão do vitorioso ainda são provisórios.
Contém apenas diretrizes, mas devem ser aprofundados, com metas detalhadas e números, até o fim do mês. Ontem, apenas o candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB) registrou o que pretende fazer caso eleito.
A presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, e o senador mineiro Aécio Neves (PSDB) vão protocolar os respectivos programas neste sábado (5).
Campos dividiu as diretrizes em cinco grandes eixos: economia para o desenvolvimento sustentável; democracia de alta intensidade; educação, cultura e inovação; políticas sociais e qualidade de vida; e novo urbanismo e pacto pela vida.
Ao registrar a candidatura, ressaltou a intenção de manter os programas sociais consolidados nos governos anteriores.
O Brasil vai mudar, mas não quer mudar para o passado. O Brasil quer levar para este futuro tudo que construímos de bom, como estabilidade, o Bolsa Família, o ProUni, liberdade de expressão, mas queremos combater a corrupção, a paralisia da economia brasileira, criticou.
O programa da presidente Dilma Rousseff (PT) tem como base inicial as propostas feitas pelo PT no último congresso da sigla, realizado no início do ano.
Mas é um documento incipiente, que ainda vai ser acrescido de outros pontos nas próximas semanas, a partir de debates mais aprofundados feitos pelo comando da campanha, agregando sugestões dos partidos aliados que vão compor a coligação.
Um dos pontos que será excluído, contudo, é a regulação da mídia, embora um dos integrantes do staff de campanha o ex-ministro Franklin Martins defenda a necessidade de que esse debate seja travado em algum momento, se não na campanha, pelo menos ao longo do próximo governo.
Sem dar detalhes, o candidato à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves, apresentou ontem as diretrizes gerais de seu programa de governo. Entre as promessas, o tucano disse que fará uma série de reformas.
Tenho dito sobre isso, sobre a necessidade de uma reforma política, da simplificação do sistema tributário, de uma própria reforma do Estado brasileiro, da diminuição do tamanho, do gigantismo da máquina pública, afirmou, acrescentando, como ao comentar outras propostas, que tudo isso será detalhado ao longo da campanha.
Confira alguns projetos dos três principais candidatos ao Planalto
Dilma Rousseff
Reforma política para, entre outros pontos, eliminar o financiamento empresarial privado nos processos eleitorais
Criação de um sistema nacional de democracia participativa para promover a discussão nacional das prioridades do Orçamento federal
Ampliar a cooperação com os governos estaduais no combate ao crime organizado
Aécio Neves
Implementar reformas nucleares: tributária, política, dos serviços públicos, da segurança pública e da infraestrutura
Princípios: descentralizar para devolver a estados e municípios competências, condições e meios de atuação, transparência da ação governamental, inovação, simplicidade e confiança
Lutar contra a inflação e valorizar a moeda, incentivar uma política industrial que impeça a desindustrialização
Eduardo Campos
Implantação da reforma tributária já em 2015
Construção de 4 milhões de casas populares
Criação de mecanismos de participação popular para possibilitar o revigoramento da democracia representativa




