Política
Com debandada de petistas tucanos, PSDB de Sidrolândia perde influencia no diretório do PT
Este cenário de fidelização começou a se desmoronar no final de 2013 quando Edivaldo dos Santos deixou a liderança do prefeito na Câmara.
Marcos Tomé/Região News
13 de Março de 2015 - 11:03
Os últimos acontecimentos políticos envolvendo o Partido dos Trabalhadores (PT) têm surtido efeitos negativos quando analisado pelo viés do arranjo político construído a partir da eleição de outubro de 2012, que elegeu para chefiar o Executivo o ex-prefeito Enelvo Felini com 50,25% dos votos válidos. Como teve o registro de sua candidatura indeferido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), uma eleição suplementar elegeu prefeito, o produtor rural Ari Basso, em março de 2013.
Com forte influencia na diretoria da sigla, o PSDB conseguiu aglutinar em seu palanque nas duas eleições, boa parte do PT mesmo sem o aval da direção estadual, em contrapartida, como parte do acordo político, petistas tucanos foram agraciados com cargos de auto escalão no governo, em sua maioria, indicados pela bancada de vereadores na Câmara.
Este cenário de fidelização começou a se desmoronar no final de 2013 quando Edivaldo dos Santos deixou a liderança do prefeito na Câmara alegando não haver diálogo e dificuldades em honrar compromissos políticos. De líder, passou a ser uma das vozes mais estridentes de oposição ao governo tucano.
No final de 2014, uma determinação da Executiva Estadual do PT proibiu os filiados de ocuparem cargos de primeiro escalão na administração comandada pelo PSDB, se agravando ainda mais a tratativa entre petistas e tucanos em Sidrolândia. Prevendo uma possível expulsão, o ex-presidente, Gilmar Antunes, foi o primeiro a se desligar do partido no mês de janeiro.
Os secretários de Desenvolvimento Rural, Cezar Queiroz e de Assistência Social, Joana Marques de Almeida Michalski, pediram desfiliação no mês seguinte e desde então, uma leva de lideranças estão migrando para outros partidos. É o caso, por exemplo, do Cacique, Maioque Figueiredo, que rivaliza com seu primo Valcélio Figueiredo, a liderança da Aldeia Tereré.
Embora seja membro do Diretório Municipal do PT, Maioque
se filiou ao recém-criado PEN (Partido Ecológico Nacional) que elegeu e
empossou Executiva ontem à noite. O líder indígena ocupará a 1º Secretaria do
partido. Cogita-se que com sua saída do PT, haverá uma debandada de filiados terena
que o acompanharão para nova legenda.
Maria Fatima é outra baixa no Diretório do PT que tem ligação com o PSDB. Lotada na Secretaria de Desenvolvimento Rural, a petista que é da cota do vereador Sergio Bolzan, também pediu desfiliação, além do servidor Elmo Pires, o Bugão. Entrevistado pela reportagem do RN, o ex-vereador Wanderley Barbosa (presidente do PT) afirma desconhecer que Maioque tenha se desligado do partido.
É natural do processo. Aqueles que estão descontentes com as normativas e, resolverem deixar o partido, agente entende, informa, sob o argumento de que o partido esta passando por um processo de purificação com vistas para as próximas eleições.




