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Política

Com parecer da Procuradoria pela rejeição, Justiça Eleitoral julga nesta segunda-feira contas da campanha de Vadinho

Por este entendimento, Vadinho ficaria impedido de obter a certidão de quitação eleitoral em decorrência da pendência com a Justiça Eleitoral.

Flávio Paes/Região News

19 de Julho de 2015 - 22:53

O futuro político do vereador Edivaldo dos Santos (PT) pode estar sendo decidido nesta segunda-feira quando o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul julga a prestação de contas da sua candidatura a deputado estadual em 2014, quando obteve 1.903 votos. Se a maioria dos juízes acatar o parecer do procurador eleitoral, Marcos Nassar, o vereador poderá ter dificuldade para obter o registro de uma eventual candidatura à reeleição ou para cargo na majoritária, caso leve adiante seu discurso de pré-candidato a prefeito.

Sem a aprovação das suas contas de campanha pelo TRE/MS, Vadinho ficaria impedido de obter a certidão de quitação eleitoral. No último dia 22 de junho o procurador emitiu parecer pela rejeição da prestação de contas apresentada por Vadinho porque teria algumas irregularidades que não foram corrigidas mesmo depois da notificação emitida em maio pela juíza relatora do processo, Telma Valéria.

“A presente prestação de contas, apesar de ter sido apresentada, não permite, mesmo após a notificação do candidato para sanar as máculas, o exame contábil dos recursos e dos dispêndios eleitorais”, pontuou o procurador. Para Marcos Nassar, há falhas insanáveis na prestação de contas do candidato.

“A falta de extrato bancário de todo o período de campanha, que é essencial para a análise das contas, conforme dispõe o artigo 40, II, a da resolução do TSE número 23.406/2014. Além disso, o candidato deixou dividas de campanha no valor de R$ 76.024,030, as quais sabe se lá com que recursos serão pagas”, enumera.

Diante desta situação, o representante do Ministério Público vai sustentar no julgamento desta segunda-feira, “que as contas sejam julgadas como não prestadas”. Conforme prestação de contas que apresentou à Justiça Eleitoral, Vadinho conseguiu arrecadar para sua campanha, R$ 133.810,47, enquanto suas despesas somaram R$ 209.834.71.

Este “rombo” de quase R$ 77 mil ficou evidente as vésperas da eleição, quando centenas de cabos eleitorais se concentraram em frente do comitê do então candidato para cobrar pelos dias trabalhados. A julgar por estes números, cada voto do vereador na disputa por uma vaga na Assembleia custou aproximadamente R$ 110,00.

Vadinho gastou bem mais que um dos seus concorrentes diretos, o ex-prefeito Enelvo Felini (PSDB) que contabilizou despesas no montante de R$ 240.431,00, um custo per capita de R$ 25,22 por voto (obteve 9.532). O ex-prefeito Daltro Fiuza declarou despesas no valor de R$ 300.926,20, R$ 31,81 por voto (garantiu 9.440).