Política
Com prisão de Delcidio, senador de todos deixa órfãos no PT, inclusive o vice Marcelo Ascoli
Delcidio deixou órfãos petistas que sempre acompanharam sua liderança.
Flávio Paes/Região News
10 de Dezembro de 2015 - 14:00
A prisão do senador Delcidio do Amaral, sob acusação de obstruir as investigações da Operação Lava-Jato, além de todas as implicações nos cenários políticos estadual e nacional, também traz repercussões sobre a política paroquial sidrolandense, onde a influência do senador extrapolava ao PT.
Delcidio está recolhido há três semanas numa sala da Polícia Federal em Brasília, avaliando os prós e contras de uma possível delação premiada, prestes a ser expulso do PT e de perder o mandato, compromete duramente, por exemplo, o projeto do vice-prefeito Marcelo Ascoli. Sob orientação do senador de todos, Ascoli, rompeu com o PSDB e se aventurou num projeto de candidatura própria a prefeito pelo PSL, uma legenda de pouca expressão eleitoral.
Ao doutor Marcelo, que já foi cogitado como candidato petista a Prefeitura, talvez a partir de 2017 lhe reste apenas voltar às suas atividades de pediatra, caso seu projeto de chegar ao poder fique pelo caminho. Vale ressaltar que o médico figura dentre os bons quadros políticos para disputar a chefia do Executivo.
Delcidio deixou órfãos petistas que sempre acompanharam
sua liderança. O ex-secretário Márcio Marquetti, por exemplo, deve voltar à
sala de aula e se dedicar ao trabalho como diretor-ajunto da Escola
Estadual Catarina de Abreu. O vereador Edivaldo dos Santos, apostava na
influência do senador, para conseguir reverter a decisão do Tribunal Regional
Eleitoral, que rejeitou suas contas de campanha a deputado estadual.
Esta decisão deixa Vadinho inelegível, impedido de disputar a reeleição. O vereador disputou a eleição para Assembleia Legislativa, acreditando que Delcidio lhe daria a sustentação financeira para o projeto, do qual saiu com poucos votos e dívidas de campanha até agora pendentes.
Foto: Marcos Tomé/Região News
Jean Nazareth e Senador Delcidio do Amaral
Sem este grupo remanescente fiel a Delcidio, o ex-vereador Jean Nazareth terá o controle integral do partido, tornando-se um candidato natural a prefeito. O PT sofreu esvaziamento desde que a direção estadual obrigou os filiados a escolherem entre os cargos na Prefeitura e a fidelidade partidária. Por conta disso, o grupo ligado ao ex-presidente Gilmar Antunes, migrou para o PSB, para onde também vai, o vereador Sérgio Bolzan.




