Política
Congresso aprova crédito suplementar de R$ 6,9 bilhões para a Presidência e nove ministérios
Dinheiro tem origem no remanejamento de dotações orçamentárias que já estavam previstas no Orçamento. R$ 100 milhões vão para área de comunicação do Palácio do Planalto.
G1
23 de Novembro de 2017 - 08:33
O Congresso Nacional aprovou, em sessão conjunta da Câmara e do Senado, um projeto de lei que abre crédito suplementar de R$ 6,9 bilhões para a Presidência da República e para nove ministérios. O projeto segue agora para a sanção presidencial.
Os recursos já estavam previstos no orçamento e serão remanejados. Ou seja, serão retirados de determinadas áreas para abastecer outras.
Um dos setores que será beneficiado com a realocação de recursos é o de Comunicação Institucional da Palácio do Planalto, que receberá cerca de R$ 100 milhões.
Essa redistribuição gerou críticas de parlamentares de oposição ao Palácio do Planalto.
Sabe onde é que o governo Temer está realocando esse recurso? Na Secretaria de Comunicação, para mentir para o povo brasileiro, que tem que fazer a reforma da Previdência, protestou o deputado Bohn Gass (PT-RS).
O projeto quer retirar recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), da Ciência e da Tecnologia, para colocar em publicidade e propaganda do governo federal, acrescentou Glauber Braga (PSOL-RJ).
A deputada Carmen Zanotto (PPS-SC) defendeu a proposta. Com a aprovação desse PLN nós vamos estar garantindo a manutenção dos procedimentos de média e alta complexidade, em especial o item que trata da produção de serviços da rede hospitalar prestadora de serviços ao SUS e às secretarias municipais e estaduais de saúde, disse.
Então, se nós não aprovarmos esse PLN, não teremos recursos para garantir a continuidade da assistência até o final deste exercício, acrescentou Carmen.
Hildo Rocha (PMDB-MA) também disse que a medida garante recursos para a saúde. A maior parte dos Estados precisa do repasse do Ministério da Saúde. Para a média e alta complexidade, declarou.
Vão receber recursos as seguintes pastas:
- Ministério da Saúde
- Agricultura Pecuária e Abastecimento
- Justiça e Cidadania
- Transportes, Portos e Aviação Civil
- Esporte
- Defesa
- Integração Nacional
- Turismo
- Desenvolvimento Social e Agrário
- Emendas de bancada
Os parlamentares também aprovaram um projeto que modifica a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017 a fim de agilizar a execução obrigatória de emendas de bancada estadual. O projeto também segue para a sanção presidencial.
A proposta considera obrigatórias somente aquelas aprovadas na Lei Orçamentária de 2017 e que integram o anexo de prioridades e metas da LDO de 2017.
O texto também veda o contingenciamento de todos os recursos do Fundo Partidário, pois retira um limitador proporcional ao número de eleitores.