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Política

Custo da campanha dos candidatos a governador tem aumento de 354%

A disputa eleitoral deste ano apresentou um crescimento de pouco mais de 350% em relação a 2010, já que os seis candidatos de 2014 estimaram gastos que chegam a R$ 94,5 milhões.

Campo Grande News

13 de Julho de 2014 - 23:02

Depois de quatro anos da última disputa pelo Governo do Estado, as estimativas de gastos de campanha apresentadas pelos candidatos à sucessão de André Puccinelli (PMDB) chegaram a crescer, alguns casos, mais de 2.800% de 2010 para 2014. No total, o gasto previsto pelos candidatos deve crescer 354%.

No último pleito, quando concorreram apenas três candidatos, os então concorrentes André Puccinelli, que naquele ano disputava a reeleição, Zeca do PT, e Nei Braga (PSOL), juntos declaram à Justiça Eleitoral que gastaram na campanha de 2010 R$ 20,8 milhões. O peemedebista estimou e gastou R$ 17,8 milhões, contra R$ 3 milhões do petista e apenas R$ 1,7 mil do socialista.

A disputa eleitoral deste ano apresentou um crescimento de pouco mais de 350% em relação a 2010, já que os seis candidatos de 2014 estimaram gastos que chegam a R$ 94,5 milhões.

No comparativo com o atual pleito, a campanha majoritária do PMDB saltou 69%, dos R$ 17,8 de Puccinelli até os R$ 30 milhões declarados por Nelsinho Trad, candidato peemebista ao governo. “

“Os maiores custos da campanha para governador são com os programas de rádio e TV, materiais impressos, marketing e com a parte jurídicas. O restante é direcionado para as campanhas proporcionais”, define o presidente estadual da legenda, deputado Junior Mochi.

Já para a disputa de 2014 os petistas, que este ano apostam no senador Delcídio do Amaral para voltar a comandar Mato Grosso do Sul, saltaram 834% no percentual de investimento. Uma vez que Zeca prestou contas de R$ 3 milhões, e Delcídio estabeleceu um teto de campanha de R$ 28 milhões.

Quem registrou o maior aumento percentual no período foi o PSOL, que em 2010 lançou Nei Braga, e este ano aposta em Sidney Melo para surpreender nas eleições. Naquele ano o teto apresentado pelos socialistas foi de R$ 1,7 mil e este ano o limite de gastos chega a R$ 500 mil, um salto de 2840%. 

“A fé é grande para atingir esse objetivo. Ainda não temos esse dinheiro, até por uma limitação ideológica e pragmática do partido, que não aceita doação de campanha de grandes corporações e empreiteiras. Mas, com criatividade vamos tocar essa campanha”, declara o Sidney Melo, que acredita ainda que a direção nacional do PSOL possa socorrer financeiramente o diretório estadual para as eleições.