Política
Daltro vê orquestração de poderes para tentar impedir que seja candidato a prefeito
Em caso de um parecer prévio contrário a aprovação das contas vier a ser ratificado pela Câmara, Daltro poderia ficar inelegível, incurso na Lei da Ficha Limpa.
Flávio Paes/Região News
17 de Agosto de 2015 - 14:05
O ex-prefeito Daltro Fiuza, que no domingo deve ser reconduzido ao cargo de presidente do diretório municipal do PMDB em convenção marcada para a Câmara de Vereadores, está convencido da existência de uma orquestração envolvendo mais de um poder para tentar barrar sua candidatura a prefeito de Sidrolândia na eleição de 2016.
Sem especificar exatamente quais seriam estas manobras, Daltro provavelmente faz alusões às várias ações civis que o Ministério Público move contra ele por supostas irregularidades constatadas na sua última gestão (de 2008 a 2012), além da demora do Tribunal de Contas no julgamento das contas das suas administrações. Em caso de um parecer prévio contrário a aprovação das contas vier a ser ratificado pela Câmara, Daltro poderia ficar inelegível, incurso na Lei da Ficha Limpa.
Em tom bem-humorado, o ex-prefeito diz que este interesse (dos adversários e dos poderes) para que não seja candidato, pode estar sendo motivado por seu bom desempenho nas pesquisas. Mesmo não se considerando imbatível, Daltro diz que sua presença no processo eleitoral poderia encarecer a disputa, especialmente para o PSDB, partido no poder em Sidrolândia.
Por enquanto, embora seja apontado como virtual pré-candidato a prefeito, Daltro não confirma, nem desmente que estará na disputa. Só posso dizer que estou vivo e bem de saúde, ironiza. Ele garante que se houver no PMDB outros nomes competitivos não terá nenhum problema em apoiá-los.
O ex-prefeito acha que seria salutar para o futuro da cidade se a disputa fosse pulverizada com vários candidatos, porque haveria mais debate, caso se mantém a tradição das últimas eleições de confronto polarizada.
Na convenção de domingo será eleito o novo diretório do PMDB, com 35 integrantes, 11 suplentes, além dos dois delegados à convenção regional; o conselho ético; o conselho fiscal, além da nova Executiva Municipal. Daltro diz que só no dia da convenção definirá se continuará na presidência ou outro nome será indicado para o posto. Estou no PMDB desde 1983. O partido é minha casa, conclui o ex-prefeito.




