David e Marcão quase vão para o confronto físico ao discutir sobre denúncia e substitutivo de projeto

O presidente da Câmara, David Olindo e o vice, Marcos Roberto, discutiram asperamente e quase foram para o enfrentamento físico na manhã desta quarta-feira. O desentendimento foi testemunhado por cinco vereadores que integram duas comissões (de Legalidade e Cidadania e de Orçamento e Finanças). Marcão se irritou com a postura do presidente que se reuniu na terça-feira com o prefeito Ari Basso e o secretário de Governo, Ilson Peres, conversa interpretada por ele como “traição” de David, que poderia estar trocando sua postura de oposição pela de cooperação com a administração municipal.

O que descontentou não só Marcão, mas também a presidente da Comissão de Legalidade e Cidadania, Rosangela dos Santos, foi o fato do presidente da Câmara, antes de se reunir com as comissões, ter se encontrado com o prefeito para tratar do mesmo assunto que seria abordado na conversa com os vereadores que o próprio David havia convocado na segunda-feira.

Na conversa com o prefeito, o presidente da Câmara entregou um pen drive com imagens (gravadas no domingo passado) de um caminhão da Secretaria de Infraestrutura despejando aterro numa área do antigo Clube Porteira Quebra, no Altos da Figueira. Nesta conversa David sugeriu ao prefeito que demitisse o secretário Antonio Galdino; poupasse o motorista (conhecido como Chico Bigode) e de quebra institucionalizasse o chamado “cabrito” (a venda de aterro com uso de veículos do município), fixando uma taxa pelo serviço.

Como prometera, David trouxe para esta reunião desta quarta-feira o material gravado em pen drive para que cada vereador pudesse analisar as imagens. Quem primeiro se recusou a receber o material foi a presidente da CLC, Rosangela Rodrigues dos Santos.

Marcão não gostou e ficou ainda mais irritado ao tomar conhecido de que o presidente da Câmara, no encontro na Prefeitura, acertou o envio de um projeto substitutivo à proposta (retirada da pauta de votação da última sessão) que autoriza o Executivo a incluir no Serasa e SPC), contribuintes inadimplentes por dívidas com o fisco municipal inferiores a R$ 700,00. O novo projeto vai manter a possibilidade de negativação, só que antes, será aberta uma nova oportunidade de parcelamento (com descontos de juros e principal) para os inadimplentes.