Política
Depois de demitir 10, David baixa portaria que abre oportunidade para recontratar 12 por contrato
Conforme a portaria, serão contratados, provavelmente com salários menores que os que tinham como comissionados
Flávio Paes/Região News
12 de Agosto de 2015 - 09:05
A portaria 120/2015, publicada na edição desta quarta-feira do Diário Oficial, abre caminho para o presidente da Câmara de Sidrolândia, David Olindo (SD), recontratar todos (ou parte) dos 10 comissionados exonerados na primeira semana deste mês e abrigar até mais apaniguados.
Serão contratados como prestadores de serviço até 30 de março de 2016, quando deverão ser convocados os aprovados num novo concurso programado para setembro.
Conforme a portaria, serão contratados, provavelmente com salários menores que os que tinham como comissionados, quatro auxiliares de serviços gerais; além de pessoal para exercer as funções de controlador, ouvidor, agente de segurança legislativa, assistente técnico de comissão, advogado, bacharel em direito, jornalista e fotógrafo.
A primeira leva de contratações já autorizada é dos auxiliares gerais. Alguns deles vinham trabalhando desde janeiro na Câmara de forma informal, recebendo por mecanismos irregulares que acabaram gerando uma ação civil do Ministério Público que acusa o presidente de improbidade administrativa.
Eram sete assessores que receberam por meio de uma empresa de fachada (aberta por um dos beneficiados); retenção de parte do pagamento de um prestador de serviço (o fotógrafo Marcell Colman) e uso de uma nota cedida por empresa (que cobrou R$ 4 mil pelo "favor"). Dois comissionados exonerados no último dia 3, foram recontratados.
Solange Aparecida Mendes, a "Solange do Quebra Coco, que recebia R$ R$ 3.705,00 como inspetora; foi nomeada como chefe de protocolo, arquivo e processamento recebendo R$ 2.500,00, perda de 32,52%.
Elisangela Vargas foi promovida, de assessora parlamentar (com R$ 2.236,00 de vencimento) para a função de diretora administrativa e de Recursos Humanos (R$ 5 mil de salário), que era ocupada por Eva Helena Ortiz. Esta servidora confirmou em depoimento no Ministério Público que o presidente da Câmara orientou a rasgar os recibos assinados pelos assessores informais.




