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Política

Descontente no PMDB, Daltro pode entrar no PR e disputar vaga na Assembleia

O PR está muito próximo de uma aliança com o PT na disputa da sucessão do governador André Puccinelli em 2014 e deve montar uma chapa proporcional com o PDT.

Flávio Paes/Região News

21 de Agosto de 2013 - 14:44

Cauteloso, medindo as palavras e evitando qualquer declaração que possa indicar qualquer definição antecipada, o ex-prefeito de Sidrolândia, Daltro Fiúza, dá sinais de descontentamento com o PMDB, partido pelo qual foi prefeito em três mandatos e pode sair do partido em setembro, entrar no PR e disputar uma vaga na Assembleia Legislativa. 

“Tenho mais tempo de filiação ao PMDB que muita gente da cúpula do partido. Mesmo assim, agora que estou fora do poder, as principais lideranças não deram muito bola pra mim. Não houve nenhum aceno de que poderia dar alguma contribuição”, desabafa Daltro.

O ex-prefeito esteve na terça-feira com o deputado Paulo Correa, que embora seja do PR, sempre teve o apoio de Daltro nas suas sucessivas reeleições. Deixa claro que seu projeto está atrelado a de Correa, até mesmo caso decida disputar uma vaga na Assembleia.

“Estou a disposição do deputado de quem sempre fui companheiro político. Se dentro de uma composição na chapa de candidatos a deputados, posso sim, disputar uma vaga na Assembleia”, esclarece. O PR está muito próximo de uma aliança com o PT na disputa da sucessão do governador André Puccinelli em 2014 e deve montar uma chapa proporcional com o PDT.

O ex-prefeito está convencido de que hoje desfruta de bons níveis de popularidade em Sidrolândia, onde a população, segundo ele, “demonstra muito carinho por onde passa”. Se a candidatura a deputado parece uma possibilidade condicionada a conjuntura política lá na frente, na hora da definição das alianças e composição das chapas, Daltro não descarta uma candidatura a prefeito em 2016. “A menos que apresentem uma emenda na reforma político proibindo que tenha 65 anos de se candidatar”, declara em tom de brincadeira.

Daltro não parece muito preocupação com a possibilidade de ficar inelegível por conta da rejeição das contas da sua administração no Tribunal de Contas e depois na Câmara. “As decisões tomadas até aqui ainda estão em fase de recurso. Eventualmente, se não tiver condições de me candidatar por causa da lei da ficha limpa, nem vou fazer o registro da candidatura”.