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Política

Dilma diz que não basta PIB crescer se vida do povo não melhorar

Para o ano, economistas de instituições financeiras acreditam num crescimento de 2,35%, segundo pesquisa do BC. Em 2012, o PIB cresceu apenas 0,9%.

Terra

13 de Setembro de 2013 - 15:37

A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira que não basta a economia do País crescer se isso não resultar em melhoria de vida para a população. Falando durante formatura de alunos do Pronatec, programa de ensino técnico do governo federal, Dilma disse também que o governo pagar o curso técnico a quem precisa não é um presente, mas sim uma obrigação do Estado.

"Tem que acabar com aquela história antiga que esse país podia ser rico com um povo pobre. Nós jamais podemos aceitar isso outra vez", disse a presidente em Uberlândia. "Não basta o PIB crescer, tem que crescer para vocês. Não basta o PIB melhorar, a saúde tem que melhorar. Nós temos de trazer mais médicos para atender a população desse país", disse a presidente, numa alusão ao programa Mais Médicos, que envolve a polêmica contratação de médicos estrangeiros.

"Não basta o PIB crescer se não houver cada vez (mais) empregos de melhor qualidade. Agora, é muito importante que com tudo isso o PIB cresça", acrescentou Dilma. O Produto Interno Brasileiro cresceu 1,5% no segundo trimestre deste ano em relação aos três meses anteriores, surpreendendo positivamente os analistas, mas os dados indicam ser pouco provável que o ritmo seja mantido.

Para o ano, economistas de instituições financeiras acreditam num crescimento de 2,35%, segundo pesquisa do BC. Em 2012, o PIB cresceu apenas 0,9%. Dilma defendeu o estímulo ao ensino técnico, uma das principais bandeiras de seu governo, como necessário para fornecer mão de obra qualificada para a economia e melhorar a renda da população.

"Sem especializados, nós não seremos e não realizaremos aquilo que podemos, todo nosso potencial. Porque é sabido isso, o mundo hoje está entrando num outro momento, a chamada economia do conhecimento. Quanto mais estudo, melhor para o país", argumentou. A presidente disse que fornecer qualificação profissional é uma obrigação do poder público, não um presente dado pelo governo aos beneficiados pelo Pronatec.

"É obrigação do governo pagar. O curso custa para o governo, não custa para quem faz, para quem faz é gratuito, é obrigação do governo federal pagar esse curso. Não é favor, é obrigação do governo federal. Não é presente, é obrigação."