Dilma fará mudanças no programa Minha Casa, Minha Vida

A presidente Dilma Rousseff prepara mudanças para acelerar a segunda fase do programa Minha Casa, Minha Vida. De acordo com a edição desta segunda-feira do jornal O Estado de S. Paulo, o valor máximo dos imóveis que podem ser financiados com dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) deve subir de 130.000 reais para um teto entre 150.000 e 170.000 reais nas cidades com mais de 1 milhão de habitantes.

As mudanças devem ter início ainda neste mês, de acordo com a publicação. O teto para o financiamento com recursos do FGTS está estagnado há três anos. Com o reajuste, o governo pretende expandir o programa entre as famílias com renda mensal entre seis e dez salários mínimos nos grandes centros urbanos, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Nessas localidades os imóveis costumam custar mais caro, e, portanto, ficam acima do limite atual.

O programa é uma prioridade de Dilma, que na campanha eleitoral se comprometeu a construir pelo menos 2 milhões de moradias em seus quatro anos de governo. No fim do ano passado, o conselho aprovou um orçamento de 46,9 bilhões de reais para 2011, sendo 30,6 bilhões de reais para habitação.

Ao mexer no teto do valor do imóvel financiado para regiões metropolitanas e grandes cidades, também serão revistos os limites para localidades com menos moradores. Para cidades com população entre 250.000 e 1 milhão de habitantes, o valor é de 100.000 reais e nos demais municípios, de 80.000 reais. A sugestão da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) é de que essas faixas sejam fixadas em 100.000 reais e 130.000 reais. Para o teto, a proposta é de 150.000 reais.