Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Quinta, 28 de Março de 2024

Política

Disputa política entre lideranças, motiva pressão pela saída de presidente da Fundação Indígena

Desde que a Fundação Indígena foi criada, a autarquia com orçamento de R$ 600 mil, se transformou em alvo de disputa.

Redação/Região News

12 de Fevereiro de 2020 - 13:25

O prefeito de Sidrolândia, Marcelo Ascoli, está sendo pressionado por 50 indígenas, que segundo lideranças teriam sido incentivados pelo vereador Otacir Figueiredo, o Gringo, a demitir o presidente da Fundação Municipal Indígena, Otoniel Gabriel e indicar para a função, Genivaldo Alcântara, cunhado do vereador.

O grupo invadiu na manhã desta quarta-feira o Paço Municipal, alguns armados de faca. Os indígenas só concordaram em deixar a repartição pública depois que o Procurador Jurídico, Luiz Palermo, apresentou uma versão da portaria de exoneração de Otoniel e a nomeação de Genivaldo, que só terá validade a partir da assinatura do prefeito e publicação no Diário Oficial.

O vereador Otacir Figueiredo nega que tenha incentivado o movimento. “Muito embora tenha sido um dos mentores da sua criação, nunca fui nem convidado para visitar a Fundação”, assegura. Segundo ele, a decisão final sobre quem deve comandar a autarquia é tomada em votação dos caciques das 5 aldeias existentes na cidade.

Os caciques das Aldeias Tereré, Nova Tereré e 10 de Maio, querem a saída de Otoniel e a nomeação de Genivaldo. Desde que a Fundação Indígena foi criada, em maio de 2018, a autarquia com orçamento anual de R$ 600 mil, se transformou em alvo de disputa entre lideranças indígenas com tendências políticas divergentes.

Disputa política entre lideranças, motiva pressão pela saída de presidente da Fundação Indígena

Assim como agora, há dois anos um grupo invadiu o gabinete e só após o secretário de Governo, Clayton Ortega, também assinar documentos para contornar a insatisfação do vereador Otacir, que não aprovou a escolha de Otoniel Gabriel para comandar a autarquia, foi instituído o cargo de adjunto (com o mesmo salário do presidente, R$ 3.200,00).

Para o posto foi escolhido Josimar Clementino, assessor de Gringo, na Câmara. Há 90 dias, Josimar rompeu com o seu apadrinho político e manifestou intenção de disputar uma vaga na Câmara. Isto lhe custou o cargo e ele acabou substituído por Antônio Figueiredo, nova indicação do vereador.

*Matéria atualizada para acréscimo e correção de informações.