Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Sábado, 27 de Abril de 2024

Política

Dividido, PMDB se reúne nesta semana para decidir apoio no 2º turno

Os setores mais ligados ao governador André Puccinelli a ficar com Delcídio, tendo como pretexto o alinhamento nacional do partido com o PT

Flávio Paes/Região News

06 de Outubro de 2014 - 11:00

Prevendo uma decisão “difícil”, o PMDB deve se reunir, nesta semana, para decidir apoio no segundo turno da disputa pela sucessão do governador André Puccinelli (PMDB). O partido precisará escolher entre Reinaldo Azambuja (PSDB) e Delcídio do Amaral (PT). Os setores mais ligados ao governador André Puccinelli a ficar com Delcídio, tendo como pretexto o alinhamento nacional do partido com o PT, tendo como candidato a vice-presidente, Michel Temer, um dos caciques da cúpula nacional do partido.

“Nós devemos nos reunir essa semana para tomar essa decisão, não será fácil porque existem prefeitos que possuem rivalidade com o PT e outros tem o PSDB como oposição, nós teremos que pensar com muito cuidado”, disse o senador Waldemir Moka (PMDB), uma das principais lideranças do PMDB no Estado.

“Faço parte do PMDB desde 1978 e sei que tenho influência, por isso, não vou adiantar minha opinião, inclusive, já tenho a minha, mas vou ficar em cima do muro para vocês”, acrescentou, em tom de mistério.

Presidente regional do PMDB, o deputado estadual Júnior Mochi reforçou a divisão partidária. “Há prefeito aliado do PT e também do PSDB. Vamos fazer radiografia desse quadro antes de decidir”, comentou.

Para o deputado federal eleito, Carlos Marun (PMDB) “o partido vai ter que se unir para tirar uma decisão”. “Uma derrota como esta deixa sequelas e temos que decidir como parceiros”, emendou, fazendo menção ao fato de Nelsinho Trad (PMDB) terminar a disputa em terceiro lugar.

“O Nelsinho foi um grande prefeito de Campo Grande não se pode atribuir nenhuma falha a ele devido a essa votação. Na verdade, acredito que o eleitor está com sentimento de mudança e o Reinaldo quase chegou ao segundo turno em 2012. Desta vez, a população resolveu retribuí-lo”, completou Moka.