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Política

Ex-vereadora Ângela Barbosa vai deixar o PR e entrar no PDT em maio

Ângela diz que decidiu trocar de legenda porque não se sente confortável com a postura do vereador republicano Nélio Paim.

Flávio Paes/Região News

19 de Abril de 2015 - 21:44

Com o aval do seu padrinho e mentor político, o deputado Paulo Correa, a ex-vereadora Ângela Barbosa, presidente da Executiva Municipal do PR, vai deixar o partido e se filiar ao PDT, numa solenidade provavelmente em maio, na presença do deputado federal Dagoberto Nogueira.

Ângela diz que decidiu trocar de legenda porque não se sente confortável com a postura do vereador republicano Nélio Paim, que faz oposição ferrenha ao prefeito Ari Basso (PSDB), enquanto ela defende uma linha cooperativa. “Não adoto esta política da critica, acredito que temos que respeitar a decisão do eleitor e ajudar quem venceu a governar”, destaca a ex-vereadora, que vai indicar uma mulher para sucedê-la no comando partidário, também aliada de Paulo Correa.

“Ela vai ser candidata e seguirá nossa orientação”, destaca a vereadora, que deixa claro sua fidelidade ao parlamentar estadual. “Independente de partidos, continuarei sendo fiel e companheiro do dr. Paulo”, afiança Ângela que exerceu dois mandatos como vereadora e na eleição de 2008 foi uma das mais votadas (com 741 votos) mas não se elegeu porque seu partido não alcançou o quociente eleitoral necessário. Em 2000, se elegeu pela primeira vez com 207 votos; se reelegeu em 2004, com 350.

Na eleição de 2012, o PR elegeu dois vereadores, Nélio Paim e David Olindo, que acabou migrando para o Solidariedade. Sob a coordenação de Nelinho e do ex-vereador Ademir Osiro, na eleição de 2014, o desempenho eleitoral do deputado Paulo Correa na cidade caiu bastante. O parlamentar obteve 304 votos, bem abaixo dos 1.439 assegurados em 2008, quando teve o apoio do então prefeito Daltro Fiúza (PMDB).

Ex-vereadora Ângela Barbosa vai deixar o PR e entrar no PDT em maioO presidente do diretório municipal do PDT, vereadora Waldemar Acosta, considera positiva a filiação da ex-vereadora porque fortalece o projeto do partido. “Não sou daqueles que temem a entrada de novas lideranças, represente uma ameaça para quem como eu, exerce mandato e vai disputar a reeleição. Precisamos de nomes com densidade eleitoral, como a professora Ângela, para formar uma chapa de candidatos a vereador forte, fundamental numa eleição como a de 2016, quando não será permitida a coligação na disputa  proporcional. Os partidos precisarão ter nomes competitivos para a disputa, sob pena de não eleger ninguém”, argumenta.

O PDT, conforme Waldemar, tem condições não só de manter, como também ampliar a atual representação na Câmara (onde tem dois vereadores), além de trabalhar, conforme a conjuntura, para construir um projeto visando a disputa da Prefeitura. “Há certo cansaço por parte da população, com esta eterna polarização Daltro/Enelvo. Continua forte o sentimento de renovação. Quem diria, há alguns meses, que o  Reinaldo Azambuja, terceiro colocado nas pesquisas, se elegeria governador?”, questiona o dirigente partidário.