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Política

Figueiró diz que "nanoreforma" eleitoral não impede corrupção e caixa dois

A proposta não muda as regras de financiamento de campanha. Limita a contratação de cabos eleitorais e o uso de recursos com alimentação e combustível.

DE BRASILIA

19 de Setembro de 2013 - 10:20

O senador Ruben Figueiró (PSDB-MS) afirmou que a aprovação da minirreforma eleitoral pelo Sendo na segunda-feira (16) não passou de um “risco n’água”.  Para o tucano, os sinais das alterações na legislação “chegarão quase invisíveis na Câmara dos Deputados, eis que não creio que aquela Casa lhe dê atenção”, constatou, complementando, “ a nanoreforma eleitoral não impede corrupção e caixa dois”.

O senador sul-mato-grossense disse, parafraseando o ex-presidente Geisel, que o povo queria uma reforma política ampla, geral e irrestrita.  “O que o Senado votou não passa de uma 'nanorreforma', portanto menor que mini, como disse o senador Pedro Taques, eis que pretende disciplinar basicamente o sistema de propaganda eleitoral, o que no meu entender, não atingirá o que mais macula o processo eleitoral: as licenciosidades da corrupção e do caixa dois”, afirmou.

Minirreforma

A proposta não muda as regras de financiamento de campanha. Limita a contratação de cabos eleitorais e o uso de recursos com alimentação e combustível. Para os municípios com até 30 mil eleitores, fica permitida a contratação de um contingente de cabos eleitorais que não ultrapasse 1% do eleitorado.

Para municípios com mais de 30 mil eleitores, fica permitido a contratação adicional de um cabo eleitoral para cada mil eleitores que excederem os 30 mil. A reforma também proíbe cavaletes com propagandas em vias públicas, pintura de muros de imóveis e o chamado “envelopamento” de carros particulares.

O texto aprovado ainda permite que concessionários de serviços públicos, como empresas de transporte público, possam doar indiretamente, por meio de sócios ou acionistas, recursos para as campanhas eleitorais.