Política
Governo do Estado faz estudo para reativar porto com urgência
Atualmente, o porto tem 20 funcionários, que trabalham apenas para manter o local aberto, segundo o grupo responsável pela zona portuária do município
Campo Grande News
05 de Maio de 2015 - 13:25
O Governo do Estado faz estudo para definir algo sobre a reativação do porto de Porto Murtinho. O porto parou as atividades devido a uma ação civil pública que tramita na Justiça, questionando concessões de licitação, desde 2004.
O governador Reinado Azambuja (PSDB) disse, hoje (5), que o Estado precisa se manifestar quanto a situação. O porto de Porto Murtinho passa por uma demanda na Justiça há anos. O Governo está fazendo um estudo agora para uma tomada de decisão sobre essa questão, já que não dá para aguardar mais, comentou.
Reinaldo falou sobre o assunto durante reunião com o embaixador do Paraguai, Manuel Cáceres Cardozo. O encontro que ocorreu na Governadoria, nesta manhã. Ele disse ainda que o porto de Porto Murtinho, assim como o de Concepción são fundamentais para o setor produtivo de Mato Grosso do Sul e do Paraguai.
Atualmente, o porto tem 20 funcionários, que trabalham apenas para manter o local aberto, segundo o grupo responsável pela zona portuária do município. Dos 100 hectares de área total, 4% pertence ao Estado e o restante pertence ao grupo presidido por Michel Chaim. Em entrevista, em janeiro desse ano, Chaim disse que o porto está aparelhado para o serviço e poderia voltar a operar a qualquer momento.
O porto tem capacidade para 500 mil toneladas/ano de grãos e nos primeiros cinco anos movimentou 400 mil toneladas de produtos diversos, como cimento, açúcar, soja e fertilizantes. A unidade também está apta para o transporte de gado em pé, conforme licenciamento do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), de 2009.
Prejuízo - Uma carga de uma tonelada custa R$ 200 para ser levada de Porto Murtinho até o porto de Paranaguá. De lá, a carga ainda é encaminhada para a Argentina. Conforme Chaim, se o porto estivesse em uso, o preço ao investidor seria de R$ 100 para levar uma tonelada, que iria direto para a Argentina ou para o Uruguai. Sem precisar passar por Paranaguá, a carga aumentaria a margem de lucro do empresário local.




