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Política

Índices de Delcídio na pesquisa enfraquecem discurso nacional sobre aliança com o PMDB

Conforme Marcus, a possível vitória de Delcídio deve abrir caminho e dar mais protagonismo à população nas decisões de governo

Midiamax

04 de Outubro de 2013 - 15:19

O presidente regional do PT, Marcus Garcia, declarou na manhã desta sexta-feira (4) que o desempenho do senador Delcídio Amaral (PT) apontado pela pesquisa encomendada pelo Midiamax ao Ibrape, dá tranquilidade para abrir diálogo com a nacional e convencer a direção do PT de que não precisa necessariamente se unir ao PMDB para vencer as eleições em MS.

A pesquisa divulgada nessa quinta-feira (3), foi realizada entre os dias 16 a 27 de setembro nas oito regiões do estado e aponta vitória de Delcídio já em um primeiro turno. Os cenários experimentados são com os principais adversários do momento: Nelsinho Trad (PMDB), Simone Tebet (PMDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB).

Segundo Marcus, o PT em MS tem que estar em sintonia com a direção nacional, mas os bons resultados logo no início da corrida ao governo com certeza dão condições de abrir esse diálogo com mais segurança.

“Não queremos nenhum enfrentamento com a nacional, mas o desempenho nos dá tranqüilidade para abrir o diálogo. Vamos ter que convencê-los que nosso projeto é viável e que não dependemos de alianças com o PMDB. Podemos mostrar para a nacional que não precisamos ficar reféns de chantagem política e que temos a população, vários partidos e lideranças para fazer um projeto exitoso”, afirmou.

Marcus fez questão de pontuar que o partido está trabalhando com muita cautela, humildade e que não existe eleição ganha, mas que a pesquisa apontou que a candidatura de Delcídio tem luz própria para fazer alianças ideológicas e pragmáticas, que venham de encontro com os interesses da população.

Dilma no comando

O presidente regional do PT revela que vê os números com bons olhos, já que fortalece a candidatura de Delcídio. Na mesma linha, fez questão de ressaltar que a população entende que este é um projeto novo e um exemplo que vem dando certo no governo federal, com a presidente Dilma Roussef no comando.

“Sempre tivemos uma expectativa boa quanto ao nome de Delcídio. Ele é muito presente nos municípios e sempre foi nesses 10 anos de mandato como senador. O partido a que ele pertence também tem trabalhado incansavelmente pelo Estado e pelo país. Com certeza o resultado é fruto disso e a população entende que este é um projeto novo, que vem dando certo no governo federal com a presidente Dilma”, explicou.

Conforme Marcus, a possível vitória de Delcídio deve abrir caminho e dar mais protagonismo à população nas decisões de governo. “É um projeto com espírito de renovação, mais democrático, popular, no qual as pessoas vão ter reais condições de opinar com mais protagonismo. Através da sociedade civil organizada e sindicatos, o povo vai poder traçar um novo rumo para o MS”, declarou.

Cenário sul-mato-grossense

Em Mato Grosso do Sul o cenário político tem apenas a candidtaura de Delcídio confirmada pelo PT. No caso do PMDB a cúpula do partido liberou Nelsinho Trad (PMDB) para se viabilizar até as convenções, sob o risco de não disputar a vaga ao governo de MS. Em meio a isso, o líder político do PMDB e atual governador de MS, André Puccinelli, tem dito de forma recorrentre que pode deixar a vaga para Simone Tebet (PMDB), filha de seu padrinho político, ex-senador Ramez Tebet (PMDB).

No ninho tucano também sobrevoam as indefinições. O candidato natural ao governo, Reinaldo Azambuja (PSDB) ainda pode negociar uma aliança e se viabilizar ao senado, deixando ambas as possibilidades em aberto. Assim, tanto o PMDB quanto o PSDB esperam as convenções em 2014 para se decidirem a lançarem candidatos oficiais e consolidados.

Nacional

Nacionalmente, as executivas tanto do PT quanto do PMDB tentam a todo custo unir as siglas na maior quantidade de estados possível, para fortalecer a dobrainha nacional encabeçada pelo presidente Dilma (PT) e seu vice Michel Temmer (PMDB). Na contramão vem o PSDB, partido que faz oposição ferrenha a administração de Dilma tanto na Câmara Federal quanto no Senado. As relações com so tucanos ficaram ainda mais acirradas quando o senador Aécio Neves (PSDB) decidiu ir para o embate direto com a presidente nas urnas.