Odilon desiste de disputar eleição e culpa burocracia por não ter se aposentado

O juiz Odilon de Oliveira que vinha sendo cortejado por vários partidos para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados ou até mesmo ser o vice na chapa do senador Delcidio do Amaral, pré-candidato do PT ao Governo, pelo menos, por enquanto abandonou seu projeto eleitoral.

Odilon, por força da legislação eleitoral, precisaria ter se aposentado da magistratura até este domingo (exatos seis meses antes da eleição) para garantir condições de elegibilidade. Em postagem no seu facebook, Odilon, que tem percorrido o estado fazendo palestras de prevenção às drogas, culpou a burocracia do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) por ter ficado sem condições legais de entrar na disputa.

Em janeiro ele encaminhou oficio ao CNJ pedindo a manutenção da sua escolta pessoal, feita por policiais federais, mesmo depois de aposentado. A resposta não veio a tempo para ele pedir sua aposentadoria até este domingo. O juiz diz que não poderia se aventurar numa campanha na região de fronteira, sem esta garantia da segurança. “Aventurar-me em campanha, notadamente na região de fronteira, sem segurança, seria alto risco. Minha família, maior tesouro, não deixou”, argumentou.

Odilon avalia que sua “segurança pessoal deve continuar enquanto for necessária após a aposentadoria, pois os riscos que enfrentarei decorrem de minha atuação, durante décadas, como juiz criminal. Troquei minha liberdade pela defesa da sociedade. Assim sendo, o Brasil não pode me descartar, como roupa velha, jogando-me à disposição dos malfeitores de quem confisquei tanta riqueza, processei, condenei e coloquei na prisão durante décadas”. Como seu projeto eleitoral foi abortado, Odilon diz que continua na magistratura.