Política
Para Fabio Trad, falta de diálogo é a causa do vai e vem do governo Dilma
Há algumas semanas o governo federal voltou atrás na proposta açodada de convocar um plebiscito com o objetivo de realizar uma reforma política.
Assessoria
02 de Agosto de 2013 - 07:50
O deputado federal Fabio Trad (PMDB-MS) questionou nesta quinta-feira (01) as idas e vindas do Governo Dilma. Para o deputado, as mudanças abruptas de posições (constituinte exclusiva, dois anos curso medicina, plebiscito, etc) revelam a ansiedade em querer acertar os ponteiros com a população sem, todavia, dialogar com importantes setores representativos da sociedade.
Se ouvidos fossem, estes setores poderiam ajudar a legitimar determinadas ideias e medidas adotadas pelo governo. No caso específico da relação política com o Parlamento, urge decidir-se por uma nova postura que inaugure uma relação centrada em dois pressupostos: fazer política é saber ouvir e se deixar convencer; compartilhar decisões não é renúncia de poder, afirmou o deputado sul-mato-grossense.
Para Fabio Trad, o núcleo duro do governo federal precisa compreender que, ao contrário de conjunturas passadas, hoje existem centenas de ilhas de influência política no continente Legislativo que querem ser respeitados e ouvidos: No entanto, são considerados como meros números que se controlam pela lógica da liberação de emendas. Esse tempo acabou. É hora de fazer Política, afirmou.
Vai e volta
A última desistência protagonizada pelo Governo Dilma foi a ampliação, de seis para oito anos, da graduação de medicina. Após críticas de universidades e protestos da classe médica, a nova proposta do governo Dilma Rousseff é que a medida seja substituída por uma residência médica obrigatória no SUS, feita após a graduação, a partir de 2018.
Há algumas semanas o governo federal voltou atrás na proposta açodada de convocar um plebiscito com o objetivo de realizar uma reforma política. A proposta provocou debates de integrantes dos três poderes e de órgãos representantes da sociedade civil. Em meio a um mundo de incertezas e críticas, o Palácio do Planalto desistiu também de outra ideia surgida às pressas: entregar a tarefa da reforma política a uma assembleia constituinte específica para tratar do assunto.




