Política
Para Nelinho, proposta de reduzir salário é populismo e compromete autonomia da Câmara
Nelinho criticou os colegas proponentes que utilizaram as redes sociais para disseminar detalhes do projeto que deve ser elaborado em definitivo nesta segunda-feira.
Flávio Paes/Região News
10 de Agosto de 2015 - 08:21
O vereador Nélio Paim (1º secretário da Mesa Diretora) se posiciona contra a proposta dos seus colegas Edivaldo dos Santos, Sérgio Bolzan e Cledinaldo Cotócio, que pretendem apresentar projeto reduzindo para R$ 788,00 (ou valor equivalente a um salário mínimo) a remuneração dos vereadores a partir da legislatura que começa dia primeiro de janeiro de 2017.
É uma medida populista que na minha avaliação enfraquece a autonomia do Legislativo, que ficará praticamente de joelhos diante do Executivo. Nelinho diz que se caso os três vereadores enfrentem algum tipo de constrangimento por receberem pouco mais de R$ 6 mil, podem renunciar a remuneração e doar a uma entidade filantrópica como a APAE. "Nem precisam esperar pela eleição dos novos vereadores, pode adotar esta providencia de imediato, observa.
Na avaliação de Nelinho, os próprios vereadores que estão defendendo a redução salarial se estivessem recebendo só um salário mínimo, teriam dificuldade para viabilizar seu mandato. Ganhando R$ 788,00, como o vereador vai conseguir visitar os assentamentos, as comunidades indígenas, participar de reuniões nos bairros, enfim ouvir a população? Estes deslocamentos geram gastos com combustível, manutenção em seus veículos, isto porque há 13 vereadores e apenas dois automóveis da Câmara disponível, questiona 1º secretário.
Na opinião de Paim, graça a remuneração que é paga atualmente, o vereador pode exercer com liberdade suas prerrogativas, fiscalizando e cobrando o Executivo, sem precisar mendigar ajuda do prefeito para chegar até os diferentes segmentos da comunidade. Temos hoje um Legislativo que tem uma composição pluralista. Onde estão representados profissionais liberais (médicos, advogados), servidores públicos, assentados, indígenas, produtores rurais, argumenta.
Nelinho criticou os colegas proponentes que utilizaram as redes sociais para disseminar detalhes do projeto que deve ser elaborado em definitivo nesta segunda-feira. Vadinho foi o principal alvo do primeiro secretário, que vê dificuldade no registro de candidatura do petista que esta em divida com a Justiça Eleitoral.
Isto pra mim é pura demagogia. Eles estavam na Capital de Minas Gerais, Belo Horizonte, ganhando mais de R$ 4.500,00, em diárias cada um, valor pago com recursos públicos, além de ganharem a passagem aérea e agora, falam em reduzir salario! Muito cômodo para quem está focado em economizar o dinheiro público. Espero que devolvam os R$ 14.400,00 que receberam pelos três dias e meio que permaneceram na Capital mineira, destaca.




