Para virar da base, Solidariedade vai cobrar Desenvolvimento e 2ª Secretaria se mantiver 4 na bancada

O prefeito Ari Basso (PSDB), que hoje formalmente só tem o apoio de seis dos 13 vereadores, voltará a ter maioria na Câmara Municipal. Os quatro vereadores da bancada do Solidariedade (SD) que desde o ano passado formavam a oposição mais  ferrenha ao atual Governo, impondo derrotas em votações, além de ter assumido o controle da Mesa Diretora, está migrando para a situação.

Uma conversa do presidente da Câmara, David Olindo, com o governador Reinaldo Azambuja selou o compromisso, que é coerente com o alinhamento do SD como PSDB, tanto no plano regional, quanto nacional.

David diz que até o próximo dia 10, quando espera já esteja definido se haverá ou não janela para a mudança partidária, os vereadores Jurandir Cândido e Marcos Roberto, alvos de assédios de vários partidos (PMDB, PSDB e PT), definirão se continuarão no Solidariedade.

Em princípio Olindo (que garante não ter interesse em disputar a reeleição) e Mauricio Anache ficarão no SD. “Não vamos prender ninguém. Vamos respeitar a decisão de cada vereador. Meu interesse é trabalhar pela formação de uma chapa forte para a Câmara e indicar o vice na chapa de reeleição do prefeito Ari. Temos nomes que seriam bons vice e o empresário Moacir Almeida, que mostra interesse até mesmo num projeto de candidatura à prefeito”.

No cenário com dois vereadores, o partido vai cobrar participação no Governo, reivindicando a Secretaria de Desenvolvimento Econômico. A Secretaria  desde novembro do ano passado está sem titular, desde a demissão do ex-vereador Di Cezar. Segundo David, o partido também tem interesse na área do Meio Ambiente, que deve ganhar uma pasta especifica, se desvinculando da Secretaria de Desenvolvimento Rural.

Caso o partido mantenha a bancada de 4 vereadores, David deixa claro que o SD vai reivindicar duas Secretaria. Ele procura desvincular as críticas que tem dirigido a atuação da secretária Joana Michalski, não tem como motivação uma possível indicação de um substituto para o cargo.

O presidente da Câmara garante que está cobrança por espaço na administração municipal é natural. “Mesmo na oposição nos sempre procuramos ajudar a administração do senhor Ari. Colaborando no aperfeiçoamento dos projetos e rejeitando aquilo que consideramos inadequado aos interesses da cidade”, comenta Olindo.