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Política

Perto de estourar teto de gastos com pessoal, David anuncia demissões e corte de salário

A situação crítica que o Região News vinha alertando em várias reportagens, foi reconhecida pelo próprio David, em postagem nas redes sociais

Flávio Paes/Região News

17 de Junho de 2015 - 09:58

Antes de completar o 1º semestre de gestão, o presidente da Câmara de Sidrolândia, David Olindo, terá de demitir servidores e reduzir salário (com o corte de gratificações), para não correr o risco de incorrer em crime de responsabilidade por estourar o limite de gastos com pessoal definido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (até 70% do duodécimo). A estrutura administrativa criada e implementada a partir de janeiro criou cargos com maior remuneração que se fossem todos preenchidos, ampliariam em 72,9% os gastos com comissionados.

A situação crítica que o Região News vinha alertando em várias reportagens, foi reconhecida pelo próprio David, em postagem nas redes sociais. Ele antecipou que terá de promover ajustes na folha. “Infelizmente terei de fazer na Câmara algo que nunca fiz e detesto fazer: Demitir e cortar salários. Lamento. Não me resta outra alternativa", destacou.

Os primeiros atingidos serão justamente comissionados indicados na cota pessoal do próprio David. Na edição desta quarta-feira foi publicada a exoneração de Eva Helena Ortiz Assis, com salário de R$ 6.240,00 (vencimento DAL-1). Ela voltará a receber o seu salário de funcionária efetiva (assistente administrativa). Também perderá o cargo o chefe de gabinete do presidente, Luiz Carlos da Silva, que chegou a ganhar mais de R$ 7.680,00, enquanto recebeu a gratificação de 30% por dedicação exclusiva, suspensa a partir de maio.

Segundo o 1º secretário da Mesa Diretora, Nélio Paim, será necessário "cortar na própria carne", para manter os gastos do legislativo nos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, garantindo o pagamento de férias e 13º. Em maio, a folha de pagamento do Legislativo (incluído o salário dos vereadores) atingiu R$ 212 mil, o equivalente a 55,16% do seu duodécimo de R$ 385 mil. Os gastos com comissionados aumentaram 71,39%, passando de R$ 52.050.71, em janeiro 014, para R$ 89.211,50. O número de comissionados passou de 21 para 28.