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Política

Pesquisa mostra David como pré-candidato a prefeito e com maior índice de rejeição; 21,74%

O presidente do Legislativo, numa relação de nove nomes aparece em último lugar com 3,83% das intenções de voto, como se não bastasse, lidera o ranking de rejeição com 21,74%.

Flávio Paes/Região News

22 de Julho de 2015 - 13:00

A pesquisa sobre a sucessão municipal realizada pelo Instituto Dimensão entre os dias 13 e 16 deste mês com 349 entrevistados mostra que o primeiro semestre de gestão à frente da Câmara não ajudou em nada o eventual projeto do vereador David Olindo (SD) de disputar a prefeitura em 2016.

O presidente do Legislativo, numa relação de nove nomes aparece em último lugar com 3,83% das intenções de voto, como se não bastasse, lidera o ranking de rejeição com 21,74% dos entrevistados declarando de forma categórica não votar nele sob nenhuma hipótese. O Instituto também identificou as razões que teriam levado o eleitor a descartar a possibilidade de votar em David para prefeito.

Entre os motivos os entrevistados elencaram que ele é antipático (34,48%); não tem credibilidade política (30,77%) e colocaram em dúvida sua honestidade (26,67%), embora esta avaliação seja difusa na opinião pública em relação a qualquer agente político. O fato é que este período de exposição de David como presidente da Câmara não tem ajudado a melhorar sua imagem junto à opinião.

Pesquisa mostra David como pré-candidato a prefeito e com maior índice de rejeição; 21,74%

Neste semestre Olindo ganhou notoriedade por ter inchado a folha de pessoal do Legislativo elevando em mais de 70% os gastos com comissionado; anulou e depois de pressionado pela Promotoria, homologou o concurso da Câmara; promoveu duas reformas administrativas em menos de seis meses, além de ter feito alguns pagamentos suspeitos que levaram o Ministério Público a promover investigações.

Um dos alvos foram dois pagamentos autorizados para uma empresa franquiada da Rede Confinet Sistemas & Serviços de Comunicação Ltda, que recebeu R$ 5.800,00, referente a serviços prestados entre janeiro e abril desde ano, além da revisão em equipamentos que se quer haviam sido instalados.

David protagonizou ainda um embate com católicos e evangélicos quando impôs sua autoridade para aprovar o Plano Municipal de Educação – PME, que fazia menção a ideologia de gênero. Talvez esta postura “taxada” por alguns líderes religiosos de autoritarismo, porque ao invés de acatar a sugestão do primeiro secretário, Nélio Paim (PR), de adiar a votação do projeto, fez valer suas prorrogativas como presidente, tenha sido seu maior desgaste político até aqui.

O assunto não só ganhou repercussão na mídia, como provocou revolta dos pais, evangélicos, católicos e professores que são contra a crença de que os sexos — masculino e feminino — “são considerados construções culturais e sociais”, censo sobre a situação educacional de travestis, transgêneros e incentivo a programas de formação sobre sexo, diversidade e orientação sexual.

Outra discussão que lhe rendeu um inquérito na Promotoria da Infância e Juventude foi à contratação de menores para distribuir panfletos de uma audiência pública sobre os resíduos sólidos para fins de promover o evento. David invadiu a sede do Conselho Tutelar após ter sido informado de que dois conselheiros questionarão haver indícios da exploração da mão de obra infantil.

O conselheiro Reginaldo Rodrigues foi desacatado em pleno exercício de sua função pelo presidente da Câmara que o chamou de moleque, vagabundo e irresponsável. O ataque de fúria de Olindo foi gravado pelo próprio conselheiro que o denunciou no Ministério Público, por obstruir o trabalho do Conselho Tutelar, além do desacato. O Ministério Público Federal do Trabalho também investiga o caso.