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Política

Posição crítica de tucano provoca reação de petista na Assembleia Legislativa

Apesar de PT e PSDB serem oposição no plano nacional, a possível aliança teria tido o aval do comando nacional dos dois partidos.

Willams Araújo

04 de Setembro de 2013 - 15:37

A eventual aliança entre PT e PSDB, costura que está sendo alinhavada pelo senador Delcídio do Amaral (PT) e pelo deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) visando a disputa para o governo de Mato Grosso do Sul, pode estar se distanciando por conta de pesadas críticas feitas por tucanos à gestão da presidente Dilma Rousseff.

Pelo menos esse é o entendimento do deputado Pedro Kemp (PT), que reagiu a ataques disparados pelo tucano Márcio Monteiro, presidente do diretório regional do PSDB, ao fazer uso da palavra na sessão desta quarta-feira (4).

Em aparte ao discurso do deputado Zé Teixeira (DEM), que criticava o modelo de demarcação de terras indígenas no Estado, Monteiro disse que o governo Dilma é um “governo de faz de contas”.

“Assim, deputado Márcio Monteiro, vossa excelência afasta qualquer possibilidade de aliança aqui no Estado. Primeiro, o governo da presidente Dilma não é um governo de faz de conta, depois não queremos eleger ninguém que queira enfrentar o governo”, reagiu Kemp, ao admitir o encaminhamento da conversa entre o PT e o PSDB nesse sentido.

Em sua defesa, Kemp disse que o governo federal não encerrou as negociações em torno do processo demarcatório no Estado e, segundo ele, ainda fará outras propostas aos produtores rurais ameaçados de perder suas terras.

“Então, o governo do PT não é faz de conta, tanto é que a presidente Dilma está crescendo de popularidade, a economia está crescendo, o PIB (Produto Interno Bruto) está crescendo, contrariando os pessimistas”, acrescentou Kemp.

Ainda na tribuna, Zé Teixeira tentou ajudar o tucano, dizendo que a fala de Monteiro não atrapalha as negociações sobre possíveis alianças entre PT e PSDB. “Não concordo que a fala do deputado Márcio Monteiro atrapalhe a aliança, até porque todo governo em que os aliados dizem amém, não vai bem”, disse Zé Teixeira, que voltou a tribuna para criticar a forma com que as demarcações de terras estão sendo conduzidas no Estado.

CHAPA MAJORITÁRIA

Dentro das articulações envolvendo os dois grupos políticos, a aliança pretendida pelos petistas prevê Delcídio encabeçando a chapa majoritária para o governo e Reinaldo Azambuja ao Senado. Apesar de PT e PSDB serem oposição no plano nacional, a possível aliança teria tido o aval do comando nacional dos dois partidos.