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Política

Prefeitura aprova loteamento com 842 terrenos em antiga chácara na Ponta Porã

O Vival dos Ipês Residencial Sidrolândia, denominação oficial do empreendimento, terá nesta primeira etapa 842 terrenos.

Flavio Paes/Região News

11 de Dezembro de 2016 - 23:01

Depois de quase quatro anos de tramitação, entraves burocráticos na Funai e ocupação de parte da área por índios terena, finalmente foi aprovado o projeto de loteamento na antiga na Chácara Califórnia, uma propriedade de 40 hectares que faz divisa com os bairros Pé de Cedro, Vila Tereré e a aldeia urbana, às margens da Rua Ponta Porã. Sexta-feira passada, na presença do prefeito eleito Marcelo Ascoli e de um dos representantes dos novos empreendedores, o prefeito assinou o decreto de aprovação que esta para ser publicado no Diário Oficial do Municipal.

O Vival dos Ipês Residencial Sidrolândia, denominação oficial do empreendimento, terá nesta primeira etapa 842 terrenos e serão investidos R$ 7 milhões na infraestrutura de água, energia, esgoto, arborização e iluminação. Em 2012, a Imobiliária Ajurycaba, que comprou a chácara de 46 hectares, anunciou o projeto de iniciar no ano seguinte a construção de 470 casas, ocupando 22 hectares da propriedade. Em julho daquele ano, chegou a ser anunciado que em dezembro as obras começariam. Estava na dependência apenas da emissão da GDU (Guia de Diretrizes Urbanísticas) por parte da Prefeitura.

O projeto acabou esbarrando na Funai que só em 2014 emitiu documento atestando que não haveria na área (limítrofe de uma aldeia) estudo antropológico para reivindicá-la como terra indígena. Enquanto não saiu o documento, o cartório se recusou a homologar a escritura de compra da propriedade. Com isto, a imobiliária não conseguiu aprovar na Câmara Econômica o pedido de financiamento do empreendimento habitacional. 

Mesmo com o documento da Funai, em novembro do ano passado, um grupo de terenas, residente na Aldeia Tereré, ocupou 10 hectares e só saiu diante do compromisso dos empreendedores de doar 7,2 hectares (reservados para prefeitura construir equipamentos públicos) para abrigar 200 famílias indígenas.