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Política

Prefeitura permuta área retomada da Lactis para expansão de armazém e quer atrair empresa de fertilizante

Conforme o laudo encaminhado aos vereadores as duas áreas têm preços de mercado equivalentes, a R$ 200 mil

Flávio Paes/Região News

20 de Outubro de 2015 - 09:13

Já está em tramitação na Câmara Municipal o projeto que autoriza a Prefeitura permutar uma área de 2 hectares próximo ao posto Martinelli, na saída para Maracaju, por 5 hectares pertencentes a Dulcimar Coferi e Sérgio Luiz Zanchett localizados próximo à avenida de acesso as futuras instalações do Frigorífico Balbinos que começa na MS-162 próximo ao complexo de armazenagem da Lar.

Os dois 2 hectares servirão para um projeto de expansão da Meta Armazenagem. Enquanto os 5 hectares que o município vai receber será repassado a um grupo empresarial com projeto de instalação de uma indústria de fertilizante na cidade.

Conforme o laudo encaminhado aos vereadores,  as duas áreas têm preços de mercado equivalentes, a R$ 200 mil. Os dois hectares que a Prefeitura está permutando, foram doados em 2008 ao grupo da Lactis Agroindústria que planejava instalar uma Indústria laticínia, mas o projeto não se viabilizou porque o grupo empresarial não conseguiu levantar os recursos junto ao FCO (Fundo de Constitucional do Centro-Oeste).    

Os analistas do banco entenderam que o grupo não tinha experiência no segmento lácteo. Também foi questionado o potencial de produção da bacia leiteira de Sidrolândia, principal fornecedor da matéria-prima do complexo industrial. Exatamente em agosto de 2010 a Câmara Municipal aprovou projeto do Executivo que prorrogou por mais dois anos o prazo (que vence neste mês) para a Lactis Agroindústria tirar do papel a fábrica de leite em pó.

A instalação de um laticínio em Terenos, com capacidade para pasteurizar 600 mil litros de leite por dia, acabou enterrando de vez o projeto. Esta indústria (controlada pela Brasil-Food) compra praticamente 80% da produção leiteira de Sidrolândia. O projeto da Lactis Agroindústria previa investimento de R$ 10,7 milhões.

A indústria teria capacidade instalada para processar 3 mil toneladas/ano de leite em pó. Quando estivesse funcionando na plenitude, precisaria de 120 mil litros de leite por dia, praticamente quatro vezes a produção local.