Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Quinta, 18 de Abril de 2024

Política

Pressionado pelo PMDB, Marcelo pode se reaproximar do PSDB para garantir maioria

Circularam informações nas últimas horas de que Marcelo teria se reunido com o produtor rural Lucio Basso.

Flávio Paes/Região News

29 de Dezembro de 2016 - 11:02

Diante da cobrança da bancada do PMDB, que ainda resiste em aceitar sua decisão de apoiar a candidatura de Jean Nazareth para presidência da Câmara, o prefeito eleito Marcelo Ascoli (PSL) pode iniciar uma reaproximação com as lideranças do PSDB na perspectiva de não ficar refém dos três peemedebistas nas votações de projetos no Legislativo, e garantir uma maioria parlamentar mais tranquila. Circularam informações nas últimas horas de que Marcelo teria se reunido com o produtor rural Lucio Basso, por conta da ascendência deles sobre pelo menos 3 dos 8 vereadores eleitos no palanque do PSDB.

Os vereadores do PMDB tentam minimizar o episódio de ontem, na casa do produtor rural Valquirio Rossato, quando se reuniram com o prefeito para tentar demovê-lo da decisão de apoiar a candidatura de Jean, preterindo a do professor Tadeu. O prefeito, que por temperamento não é um homem dado à arroubos retóricos, nem gestos de truculência, interrompeu a conversa porque não gostou do que ouviu do anfitrião, que o ajudou inclusive no financiamento da sua campanha. Os futuros vereadores garantem que não há menor possibilidade de rompimento e o incidente será superado. Valquirio e o prefeito, depois de baixada a poeira do calor das discussões, vão se entender.

Marcelo, que aliás é vice-prefeito, passada a eleição, tem mantido um relacionamento cordial com atual gestão, evitando críticas. Participou de várias agendas, e a seu pedido, o prefeito Ari Basso prorrogou por 90 dias vários contratos de serviços continuados (como a coleta de lixo, o transporte coletivo, informática). “Vamos olhar pra frente. Não vamos perder tempo com o passado”, tem dito nas suas aparições públicas.

Definitivamente, Marcelo não parece interessado em adotar uma política de caça às bruxas devassas, em busca de supostas irregularidades. “Esta tarefa de apurar e verificar documentação, é dos órgãos controladores”, é outra frase-síntese da postura que pretende adotar. Foram constantes suas reuniões com o diretor da Agraer, Enelvo Felini, de quem sempre foi muito próximo politicamente.