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Política

Projeto que reduz salário dos vereadores é “abafado”; plenário deve votar indicação

Segundo Vadinho, seus colegas praticamente desistiram de levar o projeto adiante após longa discussão com integrantes da Mesa Diretora

Marcos Tomé/Região News

11 de Agosto de 2015 - 11:05

Depois de ameaçar elaborar projeto com redução de até 86% do subsídio dos vereadores; reduzir em 50% os vencimentos do prefeito e secretários, além de zerar o salário do vice-prefeito (só receberia em caso de assumir o cargo), Sérgio Bolzan, Cledinaldo Cotócio e Edivaldo dos Santos, acabaram recuando desta ideia, após sofrer pressão dos colegas que não compactuam deste entendimento. “Vadinho” chegou a gravar um áudio dando detalhes do projeto, mensagem disseminada nas redes sociais e tema das rodas de amigos do fim de semana.

O presidente da Câmara, David Moura de Olindo (SD), chegou a cogitar colocar em pauta projeto que ao invés de aumentar o número de vagas para um total de 15 na próxima legislatura (conforme prevê a Constituição Federal para municípios com população acima de 50 mil habitantes), reduziria esta representatividade para 9.

A declaração de David foi o estopim para que o trio tomasse a frente das discussões. “Vadinho” chegou afirmar que pretendia propor redução no repasse do duodécimo da Câmara (fixado em 7%), para 4%. Caso leve adiante esta ideia, a economia dos gastos com Poder Legislativo chegaria a 42,85%.

Na prática, dos repasses constitucionais destinados ao custeio da Câmara que hoje somam pouco mais de R$ 405 mil por mês, a Prefeitura deixaria de repassar R$ 173.542,50, valor que reforçaria o caixa do Executivo em R$ 2.08 milhões ano, dinheiro que poderia ser aplicado nas áreas de infraestrutura, por exemplo, com aplicação de micro-pavimento na malha viária onde há necessidade de recapeamento ou até, para pavimentar Bairros como o Cascatinha que aguarda há anos pelo investimento.

Indicação

Edivaldo dos Santos falou com a reportagem do RN agora a pouco. Segundo o vereador, seus colegas praticamente desistiram de levar o projeto adiante após longa discussão com integrantes da Mesa Diretora. Para não passar vergonha, diz que vai apresentar na sessão de hoje, indicação para que o assunto seja discutido no próximo ano, quando segundo ele, terá condições legais com base no regimento interno de ampliar o debate.