Política
PROS, novo partido autorizado pelo TSE, deve nascer em Sidrolândia com quatro vereadores
Vão ingressar na legenda os vereadores David Olindo (PR), Mauricio Anache (PSDB), Jurandir Cândido (PMDB) e Marcos Roberto (PSDB).
Flávio Paes/Região News
25 de Setembro de 2013 - 09:36
Fotos: Marcos Tomé/Região News
O 31º partido do País, o PROS (Partido Republicado da Ordem Social), vai nascer em Sidrolândia já com maior bancada na Câmara Municipal, provocando uma debandada no PSDB, que perderá metade da sua representação, no PMDB e no PR . Vão ingressar na legenda, que ontem conseguiu o registro no Tribunal Superior Eleitoral, os vereadores David Olindo (PR), Mauricio Anache (PSDB), Marcos Roberto (PSDB) e Jurandir Cândido (PMDB).
Os quatro têm atuado de forma afinada nas votações e discussões em plenário, num embrião de um novo grupo político que nasce com metas ambiciosas: influenciar na composição da futura Mesa Diretora e viabilizar um candidato a prefeito na eleição de 2016. Mauricio Anache deve ser candidato a deputado federal em 2014. Ele e seu colega de PSDB Marco Roberto, mesmo na base aliada tem criticado decisões do Governo Municipal, questionando especialmente a influência e atuação do ex-prefeito Enelvo Felini, secretário de Governo.
O novo partido
Segundo informações do TSE, o PROS foi fundado em 4 de janeiro de 2010. O número de representação do partido em eleições será o 90. O partido foi criado em Planaltina de Goiás, cidade do entorno do Distrito Federal, pelo ex-vereador da cidade Eurípedes Júnior (ex-PSL). O tribunal entendeu que o partido conseguiu coletar as 490 mil assinaturas necessárias para obter o registro nacional.
Com o registro, o Pros pode disputar a eleição de 2014, na qual serão escolhidos o Presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais distritais no caso do Distrito Federal. Após a aprovação da nova sigla, o TSE analisa a situação do Partido Solidariedade, liderado pelo deputado Paulo Pereira da Silva (atualmente no PDT-SP), o Paulinho da Força.
Antes mesmo de ter o registro aprovado, o Pros já tinha diretório nacional, site, programa e até hino. O partido diz que foi gestado há quatro anos, quando seus fundadores viram na criação da sigla a melhor forma de resolverem os "problemas, injustiças e desordens da nação". De lá para cá, afirmam ter colhido mais de 1,5 milhão de assinaturas.
A principal proposta da legenda é a redução dos impostos. Em seguida, aparecem o combate à corrupção, ao desemprego e à desigualdade social. O Pros propõe a criação do Imposto Único Federal (IUF) para reunir tributos municipais, estaduais e federais.
Para 2014, a legenda almeja contar com cinco candidatos a governador e eleger ao menos 20 deputados federais. Entre os parlamentares cotados para migrar à sigla estão Ademir Camilo (PSD-MG), Henrique Oliveira (PR-AM), Major Fábio (DEM-PB) --que pretendem disputar os governos do Amazonas e da Paraíba, respectivamente, Izalci Lucas (PSDB-DF), Ataídes Oliveira (PSDB-TO) e Salvador Zimbaldi (PDT-SP).
O presidente do Pros é Euripedes Gomes de Macedo Junior, que já foi filiado ao PSL de Goiás. Especula-se que o novo partido possa atrair os irmãos Cid e Ciro Gomes, ambos do PSB, insatisfeitos com a possível candidatura de Eduardo Campos à Presidência.