Política
Protesto contra Olarte marca sessão da Câmara de Campo Grande
A população de Campo Grande espera respostas sobre as denúncias de corrupção
G1 MS
19 de Maio de 2015 - 15:53
A sessão da Câmara Municipal de Campo Grande começou com protesto contra o prefeito Gilmar Olarte (PP) na manhã desta terça-feira (19). Com cartazes, folhas de cheque nas mãos e narizes de palhaço, os manifestantes gritam palavras de ordem e cantam gritos de guerra como ei, você aí, me dá um cheque aí, me dá um cheque aí. O plenário está lotado. (assista ao vídeo acima)
Logo após o início da sessão, o vereador Paulo Pedra (PDT) ocupou o microfone para pedir desculpas aos servidores concursados, dizendo que Olarte é o pior prefeito dos últimos 115 anos, e para cobrar uma posição da Câmara. Tem que investigar o prefeito que aí está para trazer a paz para o município de Campo Grande. Ele não tem a mínima condição de prefeitar, declarou Pedra, que foi aplaudido pelo público no plenário.
Quando outros vereadores falam sobre outros assuntos, como iluminação pública e semáforos, o público grita, pois querem discutir só sobre as denúncias contra o prefeito.
A população de Campo Grande espera respostas sobre as denúncias de corrupção passiva e lavagem de dinheiro que envolvem o prefeito Gilmar Olarte (PP).(assista à reportagem do Bom Dia MS ao lado) Por isso, algumas pessoas contra e a favor de Olarte foram à Câmara Municipal na manhã desta terça-feira (19).
O caso
As investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(Gaeco), ligado ao Ministério Público deMato Grosso do Sul (MP-MS),
apontam que o esquema de corrupção e lavagem de dinheiro começou durante a
campanha eleitoral municipal de 2012. A apuração começou em outubro de 2013,
mas veio à tona após a prisão do ex-assessor da prefeitura, pastor Ronan
Feitosa, no dia 11 de abril de 2014, em São Paulo.
Também no dia 11 de abril, os agentes cumpriram mandado de busca e apreensão na casa de Olarte, recolheram documentos, pendrives e computadores.Os valores obtidos com a suposta lavagem de dinheiro, segundo a investigação, teriam sido usados para a compra de vereador. Na época, Jail Azambuja, advogado de Olarte, afirmou que o prefeito não seria alvo da investigação e seria ouvido na condição de testemunha. Disse ainda que não houve compra de vereador, não há relação do prefeito com os empréstimos e que as pessoas utilizaram o nome do político para obter vantagens.
No dia 12 de abril de 2014, um pastor, um jornalista e um funcionário de uma empresa de factoring também foram ouvidos por causa da investigação. Pelo menos 12 pessoas prestaram depoimentos, entre elas, os vereadores Otávio Trad, Flávio César e Eduardo Romero, todos do PT do B. O advogado que representava os parlamentares, Valdir Custódio da Silva, afirmou na época que os clientes foram ouvidos como testemunhas e não como investigados.
Também foram convocados um secretário da prefeitura, além de um ex-assessor parlamentar que trabalhou na Assembleia Legislativa. No dia 1º de agosto de 2014, Olarte foi ouvido no gabinete do desembargador Ruy Celso Barbosa Florence. O depoimento teria durado cerca de três horas.
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) recebeu, no dia 13 de novembro de 2014, denúncia contra Olarte, feita pela Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público Estadual. O processo tem mais de três mil páginas.
No dia 6 de fevereiro de 2015, o TJ-MS divulgou o teor da ação penal proposta pelo MP-MS contra o prefeito de Campo Grande e mais duas pessoas.
No domingo (17), o Fantástico exibiu reportagem dizendo que Olarte é suspeito de pegar cheques em branco de eleitores e trocar junto a agiotas com a promessa de beneficiar os titulares das lâminas com cargos públicos e contratos na administração. Segundo o Gaeco, a dívida das vítimas que caíram no golpe pode totalizar R$ 1 milhão. Ao Fantástico, o prefeito negou que recebeu cheques em branco de moradores e afirmou que Ronan Feitosa agiu sozinho. O advogado de Feitosa, Hugo Melo Farias, manteve a versão de Olarte.
Em reportagem exibida no MSTV 1ª Edição de segunda-feira (18), gravações feitas pelo Gaeco com autorização da Justiça revelaram que Olarte teria prometido pagar agiotas cinco dias após ter assumido a administração municipal e também nomeado o secretário municipal de Governo, Rodrigo Pimentel, para ajudar na negociação das dívidas. O prefeito não se pronunciou e Pimentel disse que as escutas que citam o nome dele não retratam a verdade.
No MSTV 2ª Edição de segunda-feira, outros trechos de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça mostram Olarte negociando a contratação de servidores fantasmas. Em entrevista, o prefeito garantiu que não há servidores fantasmas no município e que, quando descobertos, são exonerados
A sessão da Câmara Municipal de Campo Grande começou com protesto contra o prefeito Gilmar Olarte (PP) na manhã desta terça-feira (19). Com cartazes, folhas de cheque nas mãos e narizes de palhaço, os manifestantes gritam palavras de ordem e cantam gritos de guerra como ei, você aí, me dá um cheque aí, me dá um cheque aí. O plenário está lotado. (assista ao vídeo acima)
Logo após o início da sessão, o vereador Paulo Pedra (PDT) ocupou o microfone para pedir desculpas aos servidores concursados, dizendo que Olarte é o pior prefeito dos últimos 115 anos, e para cobrar uma posição da Câmara. Tem que investigar o prefeito que aí está para trazer a paz para o município de Campo Grande. Ele não tem a mínima condição de prefeitar, declarou Pedra, que foi aplaudido pelo público no plenário.
Quando outros vereadores falam sobre outros assuntos, como iluminação pública e semáforos, o público grita, pois querem discutir só sobre as denúncias contra o prefeito.
A população de Campo Grande espera respostas sobre as denúncias de corrupção passiva e lavagem de dinheiro que envolvem o prefeito Gilmar Olarte (PP).(assista à reportagem do Bom Dia MS ao lado) Por isso, algumas pessoas contra e a favor de Olarte foram à Câmara Municipal na manhã desta terça-feira (19).
O caso
As investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(Gaeco), ligado ao Ministério Público deMato Grosso do Sul (MP-MS),
apontam que o esquema de corrupção e lavagem de dinheiro começou durante a
campanha eleitoral municipal de 2012. A apuração começou em outubro de 2013,
mas veio à tona após a prisão do ex-assessor da prefeitura, pastor Ronan
Feitosa, no dia 11 de abril de 2014, em São Paulo.
Também no dia 11 de abril, os agentes cumpriram mandado de busca e apreensão na casa de Olarte, recolheram documentos, pendrives e computadores.
Os valores obtidos com a suposta lavagem de dinheiro, segundo a investigação, teriam sido usados para a compra de vereador. Na época, Jail Azambuja, advogado de Olarte, afirmou que o prefeito não seria alvo da investigação e seria ouvido na condição de testemunha. Disse ainda que não houve compra de vereador, não há relação do prefeito com os empréstimos e que as pessoas utilizaram o nome do político para obter vantagens.
No dia 12 de abril de 2014, um pastor, um jornalista e um funcionário de uma empresa de factoring também foram ouvidos por causa da investigação. Pelo menos 12 pessoas prestaram depoimentos, entre elas, os vereadores Otávio Trad, Flávio César e Eduardo Romero, todos do PT do B. O advogado que representava os parlamentares, Valdir Custódio da Silva, afirmou na época que os clientes foram ouvidos como testemunhas e não como investigados.
Também foram convocados um secretário da prefeitura, além de um ex-assessor parlamentar que trabalhou na Assembleia Legislativa. No dia 1º de agosto de 2014, Olarte foi ouvido no gabinete do desembargador Ruy Celso Barbosa Florence. O depoimento teria durado cerca de três horas.
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) recebeu, no dia 13 de novembro de 2014, denúncia contra Olarte, feita pela Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público Estadual. O processo tem mais de três mil páginas.
No dia 6 de fevereiro de 2015, o TJ-MS divulgou o teor da ação penal proposta pelo MP-MS contra o prefeito de Campo Grande e mais duas pessoas.
No domingo (17), o Fantástico exibiu reportagem dizendo que Olarte é suspeito de pegar cheques em branco de eleitores e trocar junto a agiotas com a promessa de beneficiar os titulares das lâminas com cargos públicos e contratos na administração. Segundo o Gaeco, a dívida das vítimas que caíram no golpe pode totalizar R$ 1 milhão. Ao Fantástico, o prefeito negou que recebeu cheques em branco de moradores e afirmou que Ronan Feitosa agiu sozinho. O advogado de Feitosa, Hugo Melo Farias, manteve a versão de Olarte.
Em reportagem exibida no MSTV 1ª Edição de segunda-feira (18), gravações feitas pelo Gaeco com autorização da Justiça revelaram que Olarte teria prometido pagar agiotas cinco dias após ter assumido a administração municipal e também nomeado o secretário municipal de Governo, Rodrigo Pimentel, para ajudar na negociação das dívidas. O prefeito não se pronunciou e Pimentel disse que as escutas que citam o nome dele não retratam a verdade.
No MSTV 2ª Edição de segunda-feira, outros trechos de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça mostram Olarte negociando a contratação de servidores fantasmas. Em entrevista, o prefeito garantiu que não há servidores fantasmas no município e que, quando descobertos, são exonerados




