Política
PSDB leva cerca de 300 pessoas a comício para inauguração do comitê de Ari Basso
Os petistas tucanos, entre eles os dois vereadores, se misturam ao público para não caracterizar desobediência à orientação do PT que vetou aliança com o PSDB.
Flávio Paes/Região News
28 de Janeiro de 2013 - 10:18
A inauguração do comitê do candidato do PSDB à Prefeitura de Sidrolândia, Ari Basso, sábado à noite, atraiu aproximadamente 300 pessoas que se espalharam pela Rua João Márcio Ferreira, interditada na quadra entre a Avenida Dorvalino dos Santos e a Rua São Paulo. Alguns simpatizantes acompanharam os discursos lanchando ou aliviando o calor saboreando uma cerveja gelada na lanchonete da esquina, o Rirota Lanches.
Entre os presentes, empresários, secretários municipais (e seus familiares) funcionários comissionados. Os petistas tucanos, entre eles os dois vereadores, se misturam ao público para não caracterizar desobediência à orientação do PT que vetou aliança com o PSDB. A manifestação tímida, ainda que acompanhada por uma barulhenta sonoplastia de fogos, foi definida pelo coordenador da campanha, Enelvo Felini, como uma arrancada cujo objetivo não era levar muita gente para rua, mas apenas dar uma satisfação aos companheiros que estavam ansiosos para iniciar o corpo a corpo eleitoral.
Nenhuma liderança regional tucana foi convidada, especialmente os deputados Reinaldo Azambuja (federal) e Marcio Monteiro (estadual) que é o presidente regional do partido. Eles estão viajando de férias, justificou Enelvo. Subiram no palanque improvisado na calçada do prédio onde até recentemente funcionava uma padaria, além dos candidatos a prefeito e vice (Ari Basso e Marcelo Ascoli), representantes dos partidos aliados, o prefeito interino Ilson Peres, vereadores da base, com exceção dos petistas.
Pelo PP, falaram a empresária Maria Gilca Villalba e o vereador Cledinaldo Marcelino. A empresária fez um pronunciamento com um tom mais místico-religioso que político, ao fazer citações bíblicas e falar na vitória do bem sobre o mal, insinuando que forças demoníacas intercederam para os ministros do Tribunal Superior Eleitoral cassarem o registro da candidatura de Enelvo Felini, provocando a realização das eleições suplementares.
O vereador progressista proferiu uma profissão de fé e fidelidade ao ex-prefeito. Afirmou que resistiu ao assédio dos adversários que teriam oferecido R$ 300 mil a ele e aos colegas Sérgio Bolzan e Edivaldo dos Santos para não votarem em Ilson Peres para presidência da Câmara.
O prefeito interino reclamou dos problemas que teriam sido deixados pela administração anterior, sem recursos para pagar o salário de dezembro, além de uma dívida de R$ 3,5 milhões com fornecedores. Pediu o apoio da população para combater a epidemia da dengue e disse que até o carnaval estará concluído o mutirão de limpeza.
Peres negou que a contratação de pessoal para atuar na varrição de canteiros, praças e avenidas, tenha caráter eleitoral. Revelou que foram contratados por 90 dias, 75 trabalhadores, que vão ganhar R$ 700,00.
O discurso mais inflamado foi do ex-prefeito Enelvo. Ele reclamou da decisão do TSE, que anulou a eleição e impediu sua posse na Prefeitura. Apresentou o produtor rural Ari Basso, como um homem preparado para assumir a administração municipal e fazer o trabalho que planejava executar na Prefeitura. Já o candidato Basso, elogiou o ex-prefeito Enelvo, disse que vai dar continuidade no que está sendo desenvolvido pelo prefeito interino Ilson Peres e lamentou não haver respaldo legal, para o presidente da Câmara, ser confirmado no comando da administração municipal, sem necessidade da realização da eleição suplementar.