Política
PSDB tenta emplacar Vilma para presidente, mas vereadora ainda não é consenso nem no partido
O prefeito Ari Basso já conversou com vereadores eleitos na coligação que o apoiou na disputa pela reeleição, mostrando a importância do PSDB ter o comando do Legislativo.
Flávio Paes/Região News
29 de Dezembro de 2016 - 09:57
Enquanto a base do futuro prefeito está dividida entre Jean Nazareth e Carlos Tadeu, o diretor da Agraer Enelvo Felini, com a simpatia do prefeito Ari Basso, tenta viabilizar a candidatura da vereadora Vilma Felini para presidir a Câmara a partir do dia 1º. Não é uma tarefa fácil, afinal Vilma não teria o apoio nem do seu futuro colega de bancada, Valdecir Carnevalli (PSDB), o Ganso, reflexo de rusgas geradas durante a campanha, quando os dois tiveram divergência na disputa dos mesmos segmentos eleitorais.
O prefeito Ari Basso já conversou com vereadores eleitos na coligação que o apoiou na disputa pela reeleição, mostrando a importância do PSDB ter o comando do Legislativo, expressando a vontade do governador Reinaldo Azambuja. O vereador Edno Ribas, deixou claro ao prefeito, que seguirá a orientação do seu mentor, Gerson Claro, diretor geral do Detran. Vou tomar a decisão que melhor atenda ao projeto político do Gerson de se eleger em 2018 deputado estadual, admite Ribas.
A dificuldade de Edno em apoiar Vilma Felini é que a eventual eleição da vereadora como presidente da Câmara, fortaleceria o projeto político de Enelvo Felini, que daqui a dois anos será um concorrente direito de Gerson na eleição para deputado estadual. Enelvo contará a vantagem de entrar na disputa já como deputado estadual. Como primeiro suplente do PSDB (com renúncia de Ângelo Guerreiro, eleito prefeito de Três Lagoas, Herculano Borges assumirá a vaga dele), ele deve substituir o deputado Flavio Kayat, apontado como nome certo para uma vaga de conselheiro do Tribunal de Contas.
Além da resistência do seu colega Ganso, a vereadora Vilma (que em 2015, quando David Olindo foi eleito, não conseguiu se viabilizar) terá de convencer outros pretendentes no grupo dos 8 eleitos no palanque do PSDB. É o caso de Cledinaldo Cotócio, que diz preferir votar em si mesmo a dar apoio a Vilma. Ele se colocou como pré-candidato, mas não conseguiu aglutinar o grupo. Cotócio contava com o aval do produtor Lúcio Basso, para sua candidatura ganhar musculatura e se tornar competitiva.