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Política

PT exige Jean como vice de Acelino e ameaça lançar candidato próprio

Hoje de manhã em Campo Grande, lideranças dos dois partidos se reuniram para discutir o impasse.

Flávio Paes/Região News

10 de Janeiro de 2013 - 15:45

A executiva regional do PT e o grupo remanescente da executiva municipal impuseram três condições para o partido manter a aliança com o PMDB na eleição suplementar do próximo dia 03 de março em Sidrolândia: indicar o vice e que ele seja obrigatoriamente o ex-vereador Jean Nazareth, que já disputou ao lado de Acelino as eleições de outubro do ano passado.Outra condição é a garantia de indicar secretários. A posição foi manifestada diante da proposta de aliança apresentada pelo pré-candidato a prefeito, Acelino Cristaldo. Os petistas deixaram claro que se essas condições não forem atendidas, o partido rejeita a coligação, optando por lançar candidato a prefeito.

O alinhamento com o PSDB está descartado porque há uma determinação da executiva nacional proibindo alianças com os tucanos em Sidrolândia. Hoje de manhã em Campo Grande, lideranças dos dois partidos se reuniram. Diante das condições estabelecidas, os peemedebistas, liderados por Acelino e o ex-prefeito Daltro Fiúza, ficaram de dar uma resposta só depois de ouvir a opinião dos demais partidos aliados.

O PDT e o PR, também reivindicam a indicação do vice. O Partido da República colocou como alternativa, o vereador Nélio Paim e no PDT, o vereador Waldemar Acosta, também se coloca à disposição. O fato do PT estar irremediavelmente dividido, entre aliados do PSDB liderados pelos vereadores Sérgio Bolzan e Edivaldo dos Santos e os simpáticos ao PMDB, encabeçados por Jean Nazareth, fragiliza a capacidade do partido de fazer valer estas exigências.

Na avaliação de lideranças do PDT e PR diante deste esfacelamento irreversível, um vice petista pouco agregaria eleitoralmente. Antes da eleição da mesa diretora da Câmara, PMDB, PDT e PR, apresentaram ao diretório regional do PT, a proposta que dava ao partido a presidência da Câmara, com o vereador Sérgio Bolzan que seria o candidato à vice de Acelino, além do direito de indicar três secretários.

O bloco de partidos da base cumpriu sua parte no acordo, votou em Bolzan para presidente, mas  ele próprio, preferiu votar na chapa encabeçada pelo vereador Ilson Peres. Com isto, o PSDB assumiu o controle da máquina administrativa municipal e garantiu maior competitividade a sua chapa tucana.

Como reação a esta dissidência, a Executiva Estadual suspendeu 16 petistas tucanos, inclusive os vereadores, de suas prerrogativas no partido, além de iniciar um processo de expulsão.Atualmente, o diretório municipal não tem autonomia para deliberar sobre coligações. A palavra final é da direção estadual.