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Política

Secretários devem deixar o PT que exige entrega de cargos em 48 horas

Ari Basso preferiu não se manifestar, mas vê com certa preocupação o momento de instabilidade no PT.

Marcos Tomé/Região News

25 de Fevereiro de 2015 - 21:46

Durou cerca de 2 horas na sede do Sindaves (Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Carne e Alimentação de Sidrolândia) a reunião entre os secretários de Desenvolvimento Rural, Cezar Queiroz e de Assistência Social, Joana Marques de Almeida Michalski, ambos filiados ao PT com o vereador Sergio Trineu Bolzan e o prefeito Ari Basso (PSDB).

Motivada após deliberação da Executiva do partido que exigiu a entrega dos cargos da cota petista em 48 horas, sob pena de sofrerem um processo disciplinar interno que pode resultar na expulsão deles do partido, a reunião que iniciou as 19h30 tratou da permanência dos secretários no governo tucano.

A reportagem do RN falou com o grupo liderado por Bolzan. Para Cezar Queiroz, deixar a legenda é quase uma decisão consumada, posição compartilhada por Joana Michalski, mas que vai aguardar até às 11 horas de sexta-feira, quando vence o prazo, para se pronunciar. Ambos foram notificados da decisão da Executiva ainda na manhã de hoje.

http://i.imgur.com/bY8hW7P.jpgAri Basso preferiu não se manifestar, mas vê com certa preocupação o momento de instabilidade no PT. O ex-presidente do partido, Gilmar Antunes, presente a reunião disse que já havia previsto o impasse, fato que motivou pedir desfiliação no dia 20 de janeiro. Para Bolzan a decisão foi insensata porque pune apenas ocupantes de cargos do primeiro escalão do governo.

“Não consigo entender. Se é para o PT sair da administração a decisão tinha que ser mais ampla. Vejo que os secretários estão sendo vítimas de uma perseguição”, dispara.

O caso

A decisão foi tomada na manhã desta quarta-feira pela Executiva Municipal do PT que se reuniu para aplicar no âmbito municipal a resolução da direção nacional que veta a participação de petistas em administrações comandadas pelo PSDB, Democratas e PPS, tanto no âmbito estadual, quanto municipal.

Além de cobrar dos secretários que se demitam dos cargos caso pretendam continuar filiados ao PT, a Executiva petista vai cobrar dos vereadores do partido, Sérgio Bolzan e Edivaldo dos Santos, que façam oposição ao Governo Municipal, rejeitando projetos do Executivo contrários a princípios programáticos da legenda, mas apoiando aquelas iniciativas de interesse da população.