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Política

Simone e Mara estimulam participação da mulher na política

Midia Max

24 de Fevereiro de 2012 - 15:31

No dia (24) em que completa 80 anos a conquista do direito das mulheres escolherem seus representantes por meio do voto, a primeira vice-governadora eleita por Mato Grosso do Sul, Simone Tebet (PMDB) e a deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB), defenderam a maior participação feminina na política e destacaram a capacidade de as mulheres tomarem decisões firmes, mas com ternura.

“É necessário participarmos ativamente da política através de cargos eletivos. Essa é uma recomendação da ONU. Me entristece ver as estatísticas de que poucas mulheres estão exercendo mandato”, comentou Simone. Ela enfatizou ainda a capacidade de a mulher dosar o poder com ternura. “Na política, a mulher sabe ser firme sem perder a ternura”, observou.

Simone também foi a primeira prefeita da história do município de Três Lagoas. Para ela, o direito ao voto feminino foi tardio. “Esse direito deveria ter vindo mais cedo. Nós somos a maioria em diversos setores”, comentou.

A deputada estadual Mara Caseiro comemorou a data, mas também alertou para uma maior participação da mulher na política. “Temos muito a comemorar. Sem dúvidas esse direito é uma grande vitória de uma história de luta”, afirmou.

Eleita a primeira prefeita da história de Eldorado, a parlamentar acredita que as mulheres que exercem mandato devem estimular o engajamento político. “Nós mulheres temos outros olhos, mais voltados para o social, para a saúde. Temos essa garantia de princípios muito forte na gente”.

Dados

Atualmente, o Brasil ocupa o 142º lugar no ranking de países com mulheres no Legislativo. Apesar de o País ser presidido por uma mulher (Dilma Rousseff), a atual bancada feminina na Câmara representa apenas 8,77% do total da Casa, com 45 deputadas. No Senado, há 12 senadoras, entre os 81 lugares.

Apesar da maioria dos cargos públicos eletivos serem ocupados por homens, as mulheres respondem por 51,8% do eleitorado brasileiro. Em Mato Grosso do Sul, o voto feminino representa 51,25% do total. A garantia da participação nas eleições veio com a criação do Código Eleitoral Provisório, que entrou em vigor no dia 24 de fevereiro de 1932. A obrigatoriedade do voto foi instituída 14 anos depois, em 1946.