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Política

Tensão na delegacia com a prisão de cabos eleitorais motivada por falsa denúncia de compra de voto

A PF prendeu dois cabos eleitorais do ex-prefeito (Rivalcir José e Josiane Barbosa Zanata) e a gerente do Posto Nossa Aparecida, Maria de Lourdes.

Flávio Paes/Região News

04 de Outubro de 2014 - 19:25

Minutos depois de iniciada a carreata que marcou o encerramento da campanha de Enelvo Felini, candidato a deputado estadual, oito policiais federais que vieram para Sidrolândia acompanhar o processo eleitoral, foram acionados pelo Cartório Eleitoral para apurar a denúncia do fornecimento de combustível pelo comitê do candidato, o que caracterizaria compra de voto.

Eles acabaram prendendo dois cabos eleitorais do ex-prefeito (Rivalcir José e Josiane Barbosa Zanata) e a gerente do Posto Nossa Aparecida, Maria de Lourdes. Todos foram levados para a delegacia de Polícia e o delegado Enilton Pires Zalla chegou a ensaiar arbitrar em três salários mínimos, o valor da fiança para que fossem colocados em liberdade.

Se estabeleceu um clima de tumulto, com a presença dos federais, familiares dos três detidos que de imediato prestaram depoimento. Só com chegada a delegacia do advogado do PSDB, Daniel Alves, algumas horas depois é que ficou esclarecida a situação. Ele demonstrou que tanto Josiane, quanto Rivalcir, foram contratados regularmente pelo candidato e receberam a requisição de abastecimento para desenvolver suas atividades. O flagrante foi desfeito e todos foram liberados.

A confusão

Logo depois de chegar a Sidrolândia, os policiais federais se dirigiram ao Cartório Eleitoral, quando chegou a denúncia de que vários carros teriam sido abastecidos no posto com requisições fornecidas pelo comitê do candidato do PSDB. Lá chegando, eles abordaram dois motoristas que estavam abastecendo os carros.

Como ambos não apresentaram comprovante de que haviam pago pelo combustível, isto reforçou a suspeita de compra de voto. Em seguida ao revistarem o caixa do posto, eles encontraram uma série de requisições de abastecimento em forma de vale.

Os comprovantes foi o suficiente para que os federais efetivassem as prisões dos cabos eleitorais e da gerente do posto, Maria de Lourdes. O delegado Enilton Zalla disse que a Polícia vai fazer um trabalho diferenciado durante o dia da eleição para coibir os crimes eleitorais (boca de urna, compra de voto).

Para isto vai colocar nas ruas 10 policiais que vão estar preparados para  filmar e fotografar  toda atitude suspeita. “Vamos agir com todo o rigor da lei para que nada comprometa o processo eleitoral”, observou.